Maravilhas do Brasil: De Abrolhos a Vila Velha, Paraná
Localização:
O
arquipélago de Abrolhos situa-se no Oceano Atlântico, cerca de 70 km
da costa sul da Bahia.
Altura
dos Corais:
Chegam até a 20 metros
Ilhas:
Guarita, Redonda, Santa Bárbara, Siriba e Sueste.
Maravilhas
no Brasil
Pelas
dimensões continentais e a diversidade natural do território, o
Brasil é uma país de lugares privilegiados. São poucas as regiões
do mundo que podem exibir tantos cartões-postais, como as Cataratas
do Iguaçu, a Amazônia, o Pantanal Mato-Grossense ou os Lençóis
Maranhenses. Mas nem só de belezas naturais é formado o Brasil. A
nossa riqueza cultural pode ser comprovada por locais como Ouro
Preto, o Pelourinho, os Sete Povos das Missões ou mesmo a arrojada
arquitetura da capital federal, Brasília.
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O primeiro parque marinho do BRASIL é um dos paraísos ecológicos do Mundo. |
ABROLHOS
Cercado
pelos maiores, mais raros e exuberantes recifes de corais do
Atlântico Sul, o arquipélago de Abrolhos é um dos santuários
ecológicos do planeta. Em suas águas cristalinas reinam baleias e
uma colorida variedade de peixes.
Formado
por 5 pequenas ilhas, Abrolhos foi o primeiro Parque Marinho do país,
criado em 1983. Situado a cerca de 70 km da costa sul da Bahia, o
arquipélago esconde sua parte mais surpreendente sob as águas. A
temperatura aconchegante de 25 ºC no verão e a visibilidade mergulho
de até 30 metros são um convite irresistível para conhecer a rica
vida marinha.
O
local é tão aprazível que atrai não só mergulhadores como mais
de 1000 baleias jubartes que deixam para trás o gelado mara da
Antártida e migram para o Arquipélago. Entre julho e novembro,
esses gigantes marinhos, de mais de 16 metros e 40 toneladas,
acasalam, procriam e amamentam seus filhotes nos arredores das ilhas.
Coloridas colônias de peixes unem-se a esse espetáculo da natureza.
ABRE
OS OLHOS
O
primeiro homem a citar Abrolhos foi o navegador português Américo
Vespúcio, em uma expedição na costa da Bahia, em 1503. Ao se
deparar com uma área tomada por recifes de corais, anotou em uma
carta náutica o aviso: “Abre os olhos”,alertando quem fosse se
aproximar do continente. Desse aviso, com sotaque português, surgiu
o nome do arquipélago. Até hoje essa formação de origem vulcânica
dificulta o tráfego dos barcos e encanta turistas do mundo todo. Da
área total do parque, que abrange cerca de 900 km², não é
permitido levar nada – nem peixes, nem corais, nem pedrinhas -, a
não ser uma lembrança a céu aberto.
FAROL
DE SANTA BÁRBARA
O
farol de navegação de 22 metros de altura foi importado da França
em 1861 e é uma verdadeira relíquia na Ilha de Santa Bárbara
AVES
MIGRATÓRIAS
A
riqueza marinha é um prato cheio para as aves migratórias.
Atobás-fragatas e rabo-de-palha fazem parte do cenário de Abrolhos
COLORIDO
EXUBERANTE
As
21 espécies de corais da costa brasileira podem ser encontradas em
Abrolhos. Coloridos, eles forma atóis ao redor da ilha.
Localização:
A Amazônia engloba parte do Brasil, Venezuela, Suriname, Guianas, Bolívia, Colômbia, Peru e Equador.
Temperatura: Média de 25ºC o ano todo.
Formação:
Cerca de 100 milhões de anos.
Amazônia
A
maior floresta equatorial do planeta cobre mais de um terço do
território brasileiro e a parte de oito países sul-americanos. Esse
gigantesco universo verde, de milhões de espécies de animais e
plantas, é um paraíso que ainda não foi totalmente desvendado. A
Amazônia ou Amazónia é uma floresta latifoliada úmida que cobre a
maior parte da Bacia Amazônica da América do Sul.
Dona
da maior reserva ecológica do planeta e de um quinto da água doce
do mundo, a Amazônia mistura rios e selva com maestria. Os igarapés
são suas trilhas aquáticas e se multiplicam em labirintos a partir
dos igapós – matas inundadas anualmente. Em meio a esse cenário,
existe uma incomparável paisagem: árvores altas de troncos finos,
raízes aéreas, cipós grossos, palmeiras, orquídeas e gigantescas
vitórias-régias. Nas águas, mais de duas mil espécies de peixes.
No ar mais de 2000 tipos de pássaros. Ao todo, cerca de mais de 1,5
milhão de espécies vivas, compreendendo uma das maiores
biodiversidades da terra. Com chuvas abundantes, a verdejante Bacia
Amazônica não ultrapassa 200 metros acima do nível do mar e cobre
uma área de mais de 6 milhões de km², 3,5 milhões só no Brasil.
Seu maior rio e também o maior do mundo, o Amazonas tem mais de 1000
afluentes que cortam a selva.
Apesar
dos fatídicos desmatamentos que vão dando lugar as pastagens e
extrações ilegais, com tamanho recorde de centenas de campos de
futebol, a
Floresta Amazônica foi pré-selecionada em 2008 como candidata a uma
das Novas 7 Maravilhas da Natureza pela Fundação Sete
maravilhas do mundo moderno.
Em fevereiro de 2009,
a Amazônia foi classificada em primeiro lugar no Grupo. E, a
categoria para as florestas, parques nacionais e reservas naturais.
Mulheres
Guerreiras
A
lenda das amazonas, uma raça composta unicamente por mulheres
guerreiras na antiga Grécia, serviu de inspiração para o espanhol
Francisco Orellana batizar a região. Primeiro ocidental a atingir a
floresta no século XVI, Orelhana afirmou que combateu uma tribo de
mulheres nas margens do Rio Amazonas. Só depois de um século os
portugueses passaram a dominar a região. Até hoje, índios e
ribeirinhos dependem dos recursos naturais da floresta, que guarda
grande parte de sua mata ainda inexplorada.
Espécies Abundantes
Embarcações
Do tipo gaiola, esses barcos transportam pessoas e mantimentos entre Manaus e as vilas mais remotas às margens do Rio Amazonas.

Localização: Cidade do Rio de Janeiro
Maior Ilha:
Ilha do Governador, com 30 km²
Área:400 km², incluindo ilhas e águas.
BAÍA
DE GUANABARA
A
Baía de Guanabara é considerada por muitos a mais bela baía do
mundo. Ao longo de seu contorno, estendem-se belezas naturais de
formações únicas, assim como construções feitas pelo homem
também se destacam neste cenário que merece ser conhecido.
O
nome da Baía tem origem indígena, Guanabara
significa seio de mar fértil e cheio de vida.
Beleza
e grandiosidade
A
Barra, Foz, ou Entrada
da Baía de Guanabara mede
aproximadamente 1500 metros tendo de um lado o Morro do Pão
de Açúcar e
Morro
Cara de Cão,
e do outro lado os rochedos, encostas e picos onde situa-se o Forte
ou Fortaleza
de Santa Cruz da Barra.
A
maior largura da baía mede 28 km e o maior comprimento 30
km.
O
perímetro da baía totaliza 140 km e a maior profundidade da mesma
chega a 52 metros, ocorrendo esta maior profundida em frente à barra
ou entrada.
No
interior da baía e mais ao fundo da mesma, a profundidade chega até
4 ou 5 metros aproximadamente.
A
natureza esmerou-se em caprichos para construir uma das mais
magníficas paisagens do mundo. Com sua arquitetura de contrastes,
que mistura pedras, areias, ilhas e florestas em uma imensidão
aquática, a Baía de Guanabara exibe-se como o mais esplêndido dos
1000 encantos da cidade do samba, do carnaval e do sol em Ipanema.
O
Rio de Janeiro ostenta 1.000 razões para ser o destino preferido dos
turistas estrangeiros que vêm ao Brasil. Impossível não se
extasiar diante de uma cidade que brota entre o mar e as montanhas
recobertas de mata cerrada. É um paraíso de contrastes, com 250
Km de litoral a poucos metros da maior floresta urbana do planeta- a
Tijuca. No meio de tantas atrações, a reentrância de águas
salgadas que deu origem ao nome da antiga capital do país destaca-se
majestosa. A Baía de Guanabara, avistada por exploradores
portugueses pela primeira vez em janeiro de 1502 e confundida com a
foz de um imenso rio, é pura encanto. Reúne em si toda a sedução
que a Cidade Maravilhosa sempre exerceu sobre milhares de admiradores
mundo afora desde os tempos de colonização lusitana. Não é à toa
que a Família Real Portuguesa deslumbrou-se ao conhecê-la quando
chegou ao Rio fugindo da invasão napoleônica no início do século
XIX. Desde essa época, sua soberba arquitetura natural é exaltada
em prosa e verso por poetas anônimos ou imortais, como Tom Jobim e
Vinícius de Moraes.
Espetáculo
Arrebatador
Para
desfrutar do cenário deslumbrante da Baía, o homem desafiou a
complicada geografia local, empurrou o mar e plantou praias e bairros
aos pés de imensos paredões de rocha que se erguem repentinamente
do meio das águas. Ali, a atração brasileira mais conhecida no
exterior derrama suas sombras sobre o azul do Oceano Atlântico. Do
alto de seus 396 metros esculpidos em pedra nua, o Pão de Açúcar
espreita o ir e vir da maré nas praias da Guanabara. Esse pedaço do
Brasil é fantástico quando o sol escalda suas areias célebres e
convidativas e reflete o balançar das obras humanas sobre ondas, ora
serenas ora bravias. Ao crepúsculo, a Baía é sublime. Os últimos
raios de luz banham suas ilhas e águas com um dourado intenso até
que o anoitecer lhe confere um brilho soberano projetado contra a
escuridão do céu.
Vista Panorâmica
Do alto do Corcovado onde fica a estátua do Cristo Redentor, outro símbolo do Rio, pode-se admirar a Baía por inteiro.
Ilha Fiscal
Possui
apenas 5,2 mil metros quadrados. Foi sede do último baile do Império,
promovido seis dias antes da Proclamação da República.
Ilha Cobiçada
Até
o início do século XVII, a Baía foi a porta de entrada de invasores
franceses, espanhóis e ingleses que almejavam conquistar o Brasil.

Localização:Bonito fica na serra da Bodoquena, no interior de Mato Grosso do Sul.
Principais rios da região: Perdido, Formoso, Aquidabã e Solobra
Gruta Azul:
50 metros de altura X 120 metros de largura.
Bonito
Na
serra da Bodoquena, os rios correm em dutos subterrâneos e ao
alcançar a superfície, brotam em cursos de água cristalina.Nas
grutas inundadas, o som das incessantes goteiras e o colorido da
paisagem criam um mundo mágico.
Envolto
por uma suave cadeia montanhosa do interior do Mato Grosso do Sul,
Bonito é recortado por diversos rios e nascentes. Essas águas, em
qualquer ponto do percurso, têm uma transparência inigualável. As
formações de rochas calcárias que ficam no fundo dos rios são as
responsáveis por esse efeito. Elas permitem, muitas vezes, enxergar
perfeitamente a mais de 20 metros. O casamento mais harmônico entre
água e rocha é a gruta do Lago Azul, uma das maiores galerias
inundadas do mundo. A entrada dos filetes de luz ressalta o contraste
do branco da rocha calcária com o azul da água, num cenário
magnífico. A gruta foi formada há cerca de 500 milhões de anos. O
único animal que vive em suas águas é um pequeno camarão branco.
Em compensação, os rios de Bonito são repletos de peixes.
Nome
de fazenda
A
região do sul do Pantanal foi palco de diversos conflitos armados.
Primeiro, os índios resistiram à colonização. Depois, tropas
espanholas tentaram dominar a região e, por fim, soldados paraguaios
invadiram parte da serra. Somente por volta de 1866, chegaram os
primeiros colonos. Um deles, o capitão Luis da Costa Leite Falcão,
batizou sua fazenda de Rincão Bonito. Ali, iniciou um núcleo
habitacional que evoluiu para um vilarejo e transformou-se na cidade.
Cercada de lugares paradisíacos, Bonito acaba sendo um nome modesto
para tantas belezas.
Lenda
Durante
a Guerra
do Paraguai,
iniciada em 1864,
soldados uruguaios - que vinham lutar em terras brasileiras - traziam
ouro para garantir o sustento, trocas-trocas e afins. Muitas batalhas
se deram onde hoje fica o estado do Mato
Grosso do Sul.
Durante os confrontos, os uruguaios enterravam o metal para não
perdê-lo ou serem roubados. Procuravam uma Figueira típica da
região e escondiam o ouro sob a sombra ou a uma determinada
distância da árvore. Na volta das lutas, desenterravam e seguiam
com o metal.
Entretanto,
diversos soldados paraguaios morreram antes de alcançar seu tesouro.
Assim, a Guerra acabou em 1870.
Guavira
Em
Mato Grosso do Sul as pessoas dizem que a guavira é a fruta da
resistência, porque depois da estiagem, começa a chuva e aí, sim,
as frutas aparecem nos guavirais nativos. E tem de coletar rápido
porque elas amadurecem e duram no máximo duas semanas. Ficam assim.
Em cachos. Verde e amarelo: a cor do Brasil.
No
laboratório de tecnologia de alimentos foi confirmado que a guavira
tem mais vitamina C do que a laranja. Em algumas espécies, foi
encontrado quase 20 vezes mais vitamina C do que a laranja.
A
cor amarela indica a presença de betacaroteno, que se converte em
vitamina A; tem potássio, que ajuda a manter o vigor muscular;
cálcio e fósforo, que deixam os ossos e dentes fortes; e magnésio,
importante na digestão.
Essa
fruta do Cerrado é mesmo poderosa.
Rio Sucuri: A
18 kilômetros de Bonito, esse rio corre por cerca de 2km sobre um
grande bloco de calcário e é um dos mais cristalinos da região.
Aquário natural: Ideal para o mergulho o chamado aquário natural é um parque ecológico na nascente do Rio Formoso, repleto de peixes coloridos.
Ambiente protegido: Nas
florestas intercaladas por áreas do cerrado, bandos de papagaios,
araras e tucanos vivem protegidos por um habitat preservado.
Localização: No Distrito Federal, na região centro oeste do Brasil.
Título: Patrimônio histórico e cultural da humanidade desde 1987.
População: Cerca de 2 milhões de habitantes.
Brasília
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Plano Piloto de Brasília, cidade em forma de Avião. |
A
capital federal do Brasil, considerada uma das metrópoles mais
bonitas do mundo, possui uma arquitetura imponente e diferenciada.
Nela predomina o equilíbrio em espaços amplos.As proporções
harmoniosas são realçadas por gramados e espelhos-d'água que
refletem o concreto das obras e o céu do Planalto Central.
Durante
muito tempo, Brasília foi apenas um sonho. A cidade de onde partem
as decisões que influenciam a vida de mais de 170 milhões de
brasileiros tornou-se realidade a partir da posse de suas promessas
de campanha era a construção da cidade. Em 1957 foi lançado um
concurso internacional para escolher um plano piloto para a capital.
O vencedor foi o arquiteto Lucio Costa, que desenhou Brasília a
partir de dois eixos que se cruzam em ângulo reto. Em vez de ruas,
ele optou pelas chamadas superquadras. Os bairros residenciais foram
planejados para ter uma infraestrutura independente e completa.
Cada setor- cívico, administrativo, cultural, esportivo, militar, de
abastecimento foi fixado em uma área específica.
Do
tráfego à arborização, da iluminação aos cemitérios, inúmeros
detalhes foram incluídos no projeto até mesmo a cor dos táxis e
dos ônibus que circulariam na cidade. O sonho tornou-se realidade no
dia 21 de abril de 1960, quando Brasília foi oficialmente
inaugurada.
Grandiosidade
e Harmonia
A
impressão de que tudo em Brasília é grandioso deve-se
principalmente aos edifícios e monumentos de linhas arrojadas, como
o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada, a Catedral, o Palácio
da Justiça, o Memorial JK e o Teatro Nacional. Todos levam a
assinatura do arquiteto Oscar Niemeyer, que criou formas despojadas e
de incontestável beleza plástica.O paisagista Burle Marx e os
engenheiros Ismael Pinheiro e Bernardo Sayão também contribuíram
decisivamente para a edificação da capital. Na praça dos Três
Poderes, a estátua Dois Candangos, criada pelo artista brasileiro
Bruno Giorgi, presta uma homenagem singela aos homens e mulheres
anônimos que construíram Brasília.
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Esplanada dos Ministérios. |
José Bonifácio
Em 1823, o patriarca José Bonifácio apresentou um projeto para a criação da capital federal, dando-lhe o nome de Brasília.
Lago Paranoá
O
lago artificial possui 80 km de extensão e 3 km de largura. Seus
arredores, uma grande área de lazer, são usados para prática esportiva.
Dois Candangos
A estátua fica próxima à Esplanada dos Ministérios. Outras duas estátuas- a Justiça e o Pombal- também podem ser vistas no local
Localização:Ficam no rio Iguaçu, na fronteira do Brasil com Argentina.
Principais saltos: Benjamin Constant, Floriano Peixoto, Belgrano, Mitre e Escondido.
Dimensões: Têm 2700 metros de perímetro total.
Cataratas do Iguaçu
Cataratas do Iguaçu (em espanhol: Cataratas del Iguazú) é um conjunto de cerca de 275 quedas de água no rio Iguaçu (na Bacia hidrográfica do rio Paraná), localizada entre o Parque Nacional do Iguaçu,Paraná, no Brasil, e o Parque Nacional Iguazú em Misiones, na Argentina, na fronteira entre os dois países. A área total de ambos os parques nacionais, correspondem a 250 mil hectares de floresta subtropical e é considerada Patrimônio Natural da Humanidade.
O parque nacional argentino foi criado em 1934, enquanto o parque brasileiro foi inaugurado em 1939. Ambas as áreas de proteção com o propósito de administrar e preservar o manancial de água que representa essa catarata e o conjunto do meio ambiente ao seu redor. Os parques tanto brasileiro como argentino passaram a ser considerados Patrimônio da Humanidade em 1984 e 1986, respectivamente. Desde 2002, o Parque Nacional do Iguaçu é um dos sítios geológicos brasileiros.
O Rio Iguaçu oferece um espetáculo de tirar o fôlego quando cai em gigantescas cascatas na fronteira do Brasil com a Argentina. No maior conjunto de quedas-d'água do mundo, a vegetação exuberante reforça ainda mais a beleza da paisagem. O “lugar onde nascem as nuvens”, segundo os indígenas, é simplesmente extasiante.
Ao avistar pela primeira vez as Cataratas do Iguaçu, em 1542, o navegador espanhol Alvar Nuñes Cabeza de Vaca teria dito: “Santa Maria, que beleza!”. A frase demonstra o impacto que o local provoca em quem o contempla. O barulho estrondoso das quedas-d'água, que despencam de mais de 70 metros de altura, as nuvens de vapor que se formam a partir do choque das águas contra as rochas e o verde da floresta formam um conjunto de impactante beleza. O lado oriental, com 600 metros de extensão, pertence ao Brasil; o ocidental, com mais de 2 km, à Argentina. Os saltos-cuja quantidade varia de 160 a 260 conforme o nível do rio- são dispostos em formato de U por uma extensão de 2.700 metro. Na parte central a queda da Garganta do Diabo, a mais alta e impressionante de todas, arranca suspiros. É por ali que se precipita o principal curso do Rio Iguaçu, que despeja 1,5 milhão de litros de água por segundo.
Patrimônio preservado
Os governos da Argentina e Brasil criaram parques nacionais na região, que são verdadeiros santuários para as espécies animais e vegetais. Além disso, possuem estrutura adequada para receber o grande número de visitantes do mundo inteiro. Isso inclui mirantes, passarelas, escadas e caminhos estrategicamente dispostos, de onde os turistas podem observar os saltos a uma distância segura. É comum ver arco-íris por ali, assim como ouvir exclamações maravilhadas nos mais diversos idiomas.
As Cataratas do Iguaçu participaram da campanha mundial de escolha da sete maravilhas naturais do mundo, organizada pela Fundação New 7 Wonders. As cataratas ficaram entre as 28 finalistas da campanha, que durou até o fim do ano 2011 quando foi atingido o número de 1 bilhão de votos.No dia 31 de janeiro de 2012, o Google preparou um doodle especial em homenagem a descoberta das Cataratas do Iguaçu por Álvar Núñez Cabeza de Vaca.
Flora
Espécies vegetais como a Erythrina cristagalli considerada flor nacional da Argentina, são encontradas na região das cataratas.
Fauna
Tamanduás, tucanos, pacas, antas e cutias habitam a floresta local, uma das mais preservadas do território brasileiro.
Patrimônio Mundial
O Parque Nacional do Iguaçu foi declarado patrimônio mundial da humanidade pela Unesco, no ano de 1986.


Localização: Situa-se nas cidades de Iporanga e Apiaí, ao sul do estado de São Paulo.
Núcleos de Visitação: Santana, Ouro Grosso, Caboclos e Casa de Pedra.
Área do Parque: Cerca de 360 Km².
Cavernas do Petar
Reunindo uma das maiores concentrações de cavernas do mundo, o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, o Petar, esconde um mundo à parte. São mais de 250 cavernas, que oferecem um belo espetáculo aos exploradores e visitantes.
Localizado no sul do Estado de SP, entre as cidades de Apiaí e Iporanga, está o PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira). Parque com mais de 350 cavernas, dezenas de cachoeiras, trilhas, comunidades tradicionais e quilombolas, sítios arqueológicos, paleontológicos… é realmente um verdadeiro paraíso escondido entre vales e montanhas e na maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil.
Criado por um decreto em 1958 (Governo do Estado de SP), com cerca de 35 mil hectares de Mata Atlântica preservada, tornou-se depois da década de 90 um dos locais mais perfeitos para a prática de esportes de aventura com espeleo, rapel, bóia cross, cascading, bike e, de algumas atividades como educação ambiental, fotografia e observação da natureza.
No Petar você irá encontrar várias espécies de aves (Socó Boi Escuro – Tigrisoma fasciatum, Gavião de Penacho – Spizaetus ornatus), mamíferos de grande porte: como pacas, antas e bugios; e muitas espécies de bromélias, orquídeas e uma das espécies mais importantes da Mata Atlântica, o Palmito Juçara – Euterpe edulis. Além é claro de uma imensa quantidade de córregos e rios com águas cristalinas.
Com tudo que citamos acima, sem dúvida o que mais atrai os visitantes ao PETAR são as cavernas.
As cavernas existentes oferecem vários níveis de desafios. Há desde cavernas com enormes rios, com escaladas, mergulhos e rapeis à cavernas com estruturas turísticas, como escadas, passarelas e pontes, feitas para facilitar o acesso e permitir que esse rico patrimônio seja explorado por todos.
Existem no parque Quatro Núcleos de Visitação, todos possuem a finalidade de facilitar o controle dos visitantes e de proteger de forma mais organizada esse rico patrimônio. Eles estão localizados estrategicamente pela área total o parque, como o Núcleo do Ouro Grosso, que fica no Bairro da Serra (Iporanga) e serve de base de apoio para cursos de monitoria ambiental, seminários, reuniões e de alojamento para escolas públicas.
A grande maioria dos passeios do parque pode ser feita apenas com Monitores Locais credenciados.
No mundo subterrâneo, o trabalho incessante da água na rocha esculpe formas surpreendentes. As cavernas são o resultado da infiltração da água em solos ricos em calcário. Ao dissolver o carbonato de cálcio, um composto químico presente no local, a água abre grandes espaços nas rochas. Surgem verdadeiros salões em que estalactites e estalagmites dão um show de formas e cores, criadas a partir da cristalização do carbonato de cálcio. No Petar, em especial, o trabalho da natureza foi sublime.
Labirinto Vivo
Criado em 1958, o Petar protege não apenas as cavernas que fazem a fama do lugar. Dentro de seus limites, há sítios paleontológicos, arqueológicos, históricos e Mata Atlântica original. O maior destaque do parque é a Caverna de Santana, localizada no núcleo de mesmo nome. Com galerias de mais de 6 km de extensão, Santana é um verdadeiro labirinto vivo, que está em constante transformação. Morro Preto, por sua vez, é uma caverna praticamente morta. No entanto, ela chama a atenção pela beleza de seus dois salões e por terem sido encontrados, em um deles, vestígios de habitação humana que datam da Pré-História. Com 215 metros de altura, o pórtico-entrada-da caverna Casa de Pedra é um dos maiores do mundo. Com tantas e tão diversas atrações, o Petar é um importante patrimônio natural e histórico do Brasil, esculpido ao longo de milhares de anos.
Palmito Juçara
Ameaçado de extinção em outras regiões, ele resiste no Petar. É uma espécie-chave na cadeia alimentar local, beneficiando muitos animais.
Papagaio-do-peito-roxo
Um dos animais que se refugiam no Petar, driblando a ameaça da caça. Come frutas e sementes e pode viver até 30 anos.
Formações Verticais
Estalactites pendem no teto e estalagmites crescem do solo. Após milhares de anos, elas podem se encontrar, dando origem a colunas.
As muitas trilhas, desbravadas a pé ou de bike, levam a mirantes naturais que descortinam maciços montanhosos e, em dias claros, avista-se a planície pantaneira e a capital Cuiabá.
Também merece destaque a Cidade de Pedra, emoldurada por rochas pontiagudas que remetem a castelos medievais. As formações espalham-se por cânions que chegam a 350 metros de altura em meio a escarpas também frequentadas pelas araras. A exuberante e variada vegetação do cerrado pode ser apreciada ao longo de todo o passeio.
Área do Parque Nacional: 1520 km².
Preservação: A cidade de Lençóis foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1973.
Chapada Diamantina
Tão rara quanto o mais valiosos dos diamantes lapidados, a Chapada Diamantina é uma das maiores preciosidades brasileiras. Nesse local de beleza tão peculiar, o cheiro de natureza exala por todos os poros da terra.
A Chapada Diamantina reúne variados atrativos naturais e culturais, no coração do Estado da Bahia. Roteiro certo para quem busca paz e tranquilidade ou para quem está atrás de história e aventura. A vasta Mata Atlântica, campos floridos e planícies de um verde sem fim dividem a paisagem com toques de caatinga e cerrado. Imensos paredões, desfiladeiros, cânions, grutas, cavernas, rios e cachoeiras completam o cenário de rara beleza da Chapada Diamantina.
Inicialmente habitada pelos índios Maracás, a ocupação de fato da região remonta aos anos áureos da exploração de jazidas e minérios, a partir de 1710, quando foi encontrado ouro próximo ao Rio de Contas Pequeno, marcando o início da chegada dos bandeirantes e exploradores. Em 1844, a colonização é impulsionada pela descoberta de diamantes valiosos nos arredores do Rio Mucugê, e os comerciantes, colonos, jesuítas e estrangeiros se espalham pelas vilas, controladas e reguladas pela força da riqueza.
Na serra do Sincorá, coração da Bahia, ergue-se altiva e imponente a Chapada Diamantina. Seus incontáveis quilates de beleza são protegidos desde 1985, quando foi criado o Parque Nacional da Chapada Diamantina. As atrações naturais são literalmente de tirar o fôlego, pois a maior parte das maravilhas exige caminhadas por trilhas. Daí a frase corrente na região:”a chapada tem vocação para ser conhecida a pé”. A recompensa pelo esforço materializa-se num primoroso visual, em forma de grutas, cachoeiras, cânions, rios e piscinas naturais em número exagerados, além do predomínio do verde, um presente para os olhos. Na Chapada localiza-se a segunda maior queda-d'água do Brasil, de quase 400 metros, a Cachoeira da Fumaça. O nome deve-se ao fato de que, na época mais seca, a água evapora no meio do caminho, ganhando um aspecto de fumaça.
A atividade agropecuária tomba diante da opulência do garimpo. Reduto de belezas naturais, a Chapada abarca uma diversidade grande de fauna e flora. São mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porco-espinho, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 do séc. XX atua como órgão protetor de toda essa exuberância.
Ciclo do diamante
Em 1820, naturalistas alemães descobriram diamantes por lá, gerando uma corrida à região que passou a ser conhecida como Chapada Diamantina. Cidades cresceram ao redor, entre elas Lençóis, apontada no auge do período, na virada do século XIX para XX, como a capital mundial do diamante.A sede de riqueza fez com que, das densas florestas que cobriam a região, pouca coisa restasse. Ipês e jacarandás são alguns dos remanescentes, assim como vistosas bromélias e orquídeas. A década de 1930 marcou a decadência e o abandono da região, redescoberta meio século depois pelos amantes da natureza em sua plenitude.
Cachoeira do Sossego
Para desfrutar da paz dessa queda-d'água, é preciso antes percorrer uma trilha de 7 km. No caminho, passa-se por um grande cânion.
Cutia
Roedor comum na Chapada, se esconde em tocas. Tem o hábito de enterrar comida na mata, fato que ajuda na recomposição do solo.
Gruta da Torrinha
Aberta recentemente ao turismo, é considerada a mais bonita da região. Ela divide-se em várias galerias repleta de formações.
Número de habitantes: Cerca de 15 mil na cidade de mesmo nome.
Ponto mais alto: 836 metros de altitude.
CHAPADA DOS GUIMARÃES
Os monumentais paredões de arenito vermelho, que ultrapassam 500 metros de altura, são um espetacular mirante do cerrado mato-grossense. Em dias claros, proporcionam uma vista de até 100 km de distância. Tudo isso, cortado por cachoeiras, cavernas, lagos e nascentes cristalinas.
No coração da América do Sul encontra-se um imenso “degrau” da natureza: a CHAPADA DOS GUIMARÃES.Para se ter uma ideia, a região da Chapada situa-se a mais de 600 metros acima da cidade de Cuiabá, apenas 70 km dali. Uma subida brutal. Esta geografia é a responsável pela fantástica paisagem avistada de seus paredões formados por um antigo reduto arenítico natural mais de 15 milhões de anos.
A 11 quilômetros do centro da vila, o parque criado em fins dos anos 80 ocupa uma área de 330 quilômetros. O cenário perfeito combina cerrado, cachoeiras e cânions, além de pinturas rupestres e formações rochosas que enchem os olhos de ecoturistas e esotéricos.
As muitas trilhas, desbravadas a pé ou de bike, levam a mirantes naturais que descortinam maciços montanhosos e, em dias claros, avista-se a planície pantaneira e a capital Cuiabá.
Os caminhos conduzem ainda ao cartão-postal da Chapada: acachoeira Véu de Noiva, com 86 metros de queda, vista panorâmica e lindos sobrevoos das escandalosas araras vermelhas. Lá embaixo há um poço de águas cristalinas, mas os banhos são proibidos.
Também merece destaque a Cidade de Pedra, emoldurada por rochas pontiagudas que remetem a castelos medievais. As formações espalham-se por cânions que chegam a 350 metros de altura em meio a escarpas também frequentadas pelas araras. A exuberante e variada vegetação do cerrado pode ser apreciada ao longo de todo o passeio.
Quem está com o preparo físico em dia deve incluir no roteiro o trekking em direção ao Morro de São Jerônimo, o mais alto da região, com 836 metros de altitude. São sete horas de caminhada e escalada - ida e volta. O esforço vale a pena levando-se em conta a paisagem panorâmica.
Desde 1989, a Chapada tornou-se Parque Nacional e foi transformada em área de proteção ambiental. Cercada pela vegetação rasteira do cerrado, possui mais de 200 cachoeiras nos caminhos e nas trilhas que a cortam.
Diversas cavernas completam esse cenário. A segunda maior caverna de arenito do Brasil, Aloe Jari, que significa Morada das Almas, com mais de 1.000 metros de extensão, está abrigada em uma dessas trilhas. Nas suas paredes encontram-se inscrições rupestres de mais de 10 mil anos.
Transformação constante
O tempo foi o grande artista da Chapada dos Guimarães. Há 500 milhões de anos, a região era coberta de gelo. Depois esteve no fundo do mar. Mais tarde virou um deserto e há 150 milhões de anos transformou-se em uma floresta. Essa metamorfose radical pode ser percebida no chão cheio de pequenas conchas grudadas nas rochas de seus 46 sítios arqueológicos.
Véu de Noiva
Cartão postal e porta da entrada do parque, tem mais de 90 metros de queda d'água, emolduradas pelas encostas avermelhadas.
Águas Cristalinas
O lago azul, que fica dentro de uma das cavernas da Chapada, tem águas cristalinas e de tom azulado, formando um cenário mágico.
Bichos exóticos
A Chapada abriga em suas matas, muitos bichos. Entre eles a jaguatirica, o belo uirapuru laranja(foto) e um felino parecido com uma onça.

FERNANDO DE NORONHA

Localização: Oceano Atlântico, a 545 km dos Recife e a 360 km de Natal.
Habitantes: Cerca de 2.500, na Vila dos Remédios.
Ambiente: O clima da ilha é tropical, com duas estações: a das chuvas e a da seca.
FERNANDO DE NORONHA
Além das praias, baías e natureza riquíssima, Noronha também reserva outras surpresas para os turistas. São 500 anos de história, que tornam o Arquipélago, além de um Patrimônio Natural, um verdadeiro Patrimônio Histórico que merece ser visitado e, sobretudo, preservado. Conheça, nesta seção, um pouco mais sobre as histórias de Fernando de Noronha, desde o seu descobrimento até hoje.
Preservado pelo esforço das autoridades, Fernando de Noronha é um dos últimos recantos da natureza intocada do mundo. Acima do interesse financeiro que um local de tamanha beleza desperta, está a preocupação com a ecologia. Protegidos, animais marinhos sentem-se tão à vontade que se exibem libre e graciosamente para quem quiser ver.
O que pode haver de tão especial em um arquipélago de 21 ilhas isolado no Oceano Atlântico, com um total de apenas 26 km² e muitas pedras e rochedos? Tudo. Especialmente a natureza preservada e as águas que rodeiam as ilhas ora verdes, ora azuis, sempre limpas e cristalinas, fazendo de Fernando de Noronha um dos melhores lugares de mergulho do mundo. Em 1972, o arquipélago foi aberto ao turismo e, desde 1988, é um distrito de Pernambuco, localizado a 545 km de sua capital, Recife. Com objetivo de não prejudicar o delicado ecossistema local, as autoridades fixaram em 420 o número diário de entrada de turistas. E é nas águas que Fernando de Noronha se supera; tubarões, arraias, tartarugas, incontáveis cardumes de peixes de várias cores e corais dão o ar da graça a todo o momento. As maiores estrelas do arquipélago, no entanto, são os golfinhos rotadores, que adoram subir suas coreografias para os turistas que fazem passeios em barcos.
Descoberta acidental?
Não há dúvida quanto à origem de Fernando de Noronha;as pedras e os rochedos negros são a prova de uma formação vulcânica, sendo que a base se encontra a mais de 4 mil metros de profundidade. Seu descobrimento, porém, é controverso: a versão mais aceita dá conta de que em 1503 o navegador italiano Américo Vespúcio (1454-1512) comandava uma expedição em busca de alguma ilha específica, mas seu barco naufragou exatamente em Fernando de Noronha. Ele foi resgatado pelos ocupantes dos outros barcos de expedição e resolveu batizar a ilha com o nome do financiador da aventura: Fernão de Loronha. O boca-a-boca e o tempo se encarregaram de adaptar o nome para a versão atual. Mas não puderam mudar o visual de um dos lugares mais especiais de todos planeta.
Golfinho rotador: Tem esse nome por executar piruetas, dando até sete giros complexos. Em Fernando de Noronha, encontram-se grupos na Baía dos Golfinhos.
Vila dos Remédios: É o centro de Fernando de Noronha. Lá podem ser vistas ruínas de um forte construído pelos portugueses, para avistar a chegada de inimigos.
Praia do Sancho:É uma praia quase deserta, de difícil acesso - só se chega de barco ou, então, após longa caminhada. É também uma das mais lindas do mundo.

Localização: Os Lençóis Maranhenses situam-se no estado do Maranhão, no nordeste brasileiro.

Localização: Os Lençóis Maranhenses situam-se no estado do Maranhão, no nordeste brasileiro.
Área: 1,5 mil km².
Época das cheias: Dezembro a julho.
LENÇÓIS MARANHENSES
O maior e mais exótico deserto brasileiro apresenta um curioso ciclo da natureza. Na época das chuvas, suas dunas douradas ficam entrecortadas por milhares de lagoas de águas cristalinas, muitas delas repletas de peixes. Assim, as miragens desérticas tornam-se uma realidade nos Lençóis Maranhenses.
O parque nacional dos Lençóis Maranhenses é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza localizada na região nordeste do estado do Maranhão. O território do parque, com uma área de 156 584 ha, está distribuído pelos municípios de Barreirinhas, Primeira Cruz e Santo Amaro do Maranhão.O parque foi criado com a finalidade precípua de proteger a flora, a fauna e as belezas naturais, existentes no local.
Inserido no bioma costeiro marinho, o parque é um exponente dos ecossistemas de mangue, restinga e dunas, associando ventos fortes e chuvas regulares. Sua grande beleza cênica, aliada aos passeios pelos campos de dunas e à possibilidade de banhar-se nas lagoas, atraem turistas de todo o mundo, que visitam o parque durante o ano inteiro .
Histórico
O parque nacional dos Lençóis Maranhenses foi criado em terras devolutas pertencentes à União através do Decreto Nº 86.060, emitido em 2 de junho de 1981 pela Presidência da República. A área do parque, conforme o decreto de criação, era de 155 000 ha.O filme Casa de Areia foi gravado dentro do parque.
O parque localiza-se na Microrregião dos Lençóis Maranhenses, ao norte do Brasil, no litoral nordeste do estado do Maranhão. Com um perímetro de 270 km e 156 584 há de área, o parque está inserido no bioma costeiro marinho, com ecossistemas de mangue, restinga e dunas. Lençóis Maranhenses abriga em seu interior aproximadamente 90 000 ha de dunas livres e lagoas interdunares de água doce, além de grandes áreas de restinga e de costa oceânica. A faixa de dunas avança, a partir da costa, de 5 a 25 km em direção ao interior. Na região encontra-se a nascente do rio Preguiças, que corta o parque até a sua foz no oceano Atlântico.
Maior do que a cidade do Rio de Janeiro, os Lençóis Maranhenses são considerados o único deserto do Brasil. Sua imensidão de dunas de areia estende-se por 70 km do litoral avança 50 km continente adentro. Suas dunas são recortadas, na maior parte do ano, por lagoas de água cristalina, formando uma das paisagens mais deslumbrantes do planeta. A chuva, que cai de dezembro a julho, é a responsável pela formação desse espetáculo natural. No total são 1.750 milímetros de chuvas por ano, 300 vezes mais que no Deserto do Saara. Nesses oásis, que duram cerca de seis meses, as lagoas avançam até os rios que cortam a região, ficam repletas de peixes e atraem aves migratórias. A única cidade dos Lençóis é Barreirinhas, situada a 350 km de São Luís, capital do Maranhão. Apesar de ter cerca de 30 mil habitantes, muitos deles migram na época das cheias para povoados ao redor das lagoas. O maior de todos é Queimada dos Britos com casas de taipa e buruti.
Paisagens e vidas mutantes
As dunas movem-se o tempo todo ao sabor dos ventos que sopram do oceano, dando impressão de que um lençol está sendo estendido – daí o nome da região. A cada ano, as dunas se movimentam cerca de 20 metros. A areia não poupa nada: já cobriu povoados, aldeias e até um aeroporto nos arredores dos Lençóis.
Aves Típicas: Nos Lençóis Maranhenses é comum encontrar muitas aves migratórias, como a garça branca, que se alimentam dos peixes dos oásis.
Manguezal: O rio Preguiça corta as dunas e deságua no Oceano Atlântico. Nas suas margens há muitos caranguejos, típicos do manguezal.
Verde do deserto: A vegetação que cerca o oásis é composta por árvores baixas, de galhos contorcidos e outras frutíferas, como o caju.
Localização: Fragmentos entre o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul.
Para isso, atua com linhas de ação focadas nos poucos remanescentes que se mantém: a linha de planejamento ecorregional, que visa nortear ações para a conservação e uso sustentável dos recursos naturais; a de áreas protegidas, apoiando a criação e implantação de Unidades de Conservação (UC) no Bioma; e a de reabilitação da paisagem, visando um aumento da área de florestas integradas às atividades econômicas.
Duas importantes concepções orientam as iniciativas do programa desde o início: a definição de Ecorregiões – extensas partes de terra ou água que compartilham espécies e condições ambientais comuns – e a Visão de Biodiversidade – uma ferramenta de planejamento que identifica áreas críticas a serem conservadas em escala de 50 a 100 anos.
Os projetos se basearam, assim, na Ecorregião Florestas do Alto Paraná, Ecorregião Florestas Costeiras de Pernambuco e Ecorregião da Serra do Mar. Aos poucos, vem-se promovendo a articulação entre diferentes públicos que interferem na manutenção da Mata Atlântica: proprietários de terra, poder executivo e legislativo, organizações locais entre outros.
Localização: Fragmentos entre o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul.
Animal Símbolo: Mico-leão-dourado.
Extinção: Das mais de 200 espécies ameaçadas no país, cerca de 170 vivem lá.
MATA ATLÂNTICA
As densas florestas da Mata Atlântica, recheadas de paisagens paradisíacas, revelam um dos mais belos recantos do mundo. Além de toda a beleza, elas têm enorme importância ecológica, pois abrigam uma das maiores biodiversidades do mundo.
Variados tipos de florestas, relevos e populações dão cara à Mata Atlântica, ao longo de 17 estados brasileiros, Paraguai e Argentina. Recordista mundial em biodiversidade, essa floresta tropical é também uma das mais ameaçadas do planeta, com 8,5%* de sua área original sobrevivendo na região mais desenvolvida e ocupada do país.
São belezas singulares, formações naturais diversas e de importância inigualável devido a seu ecossistema. Essa é a Mata Atlântica, cujo relevo variado, com altitudes desde o nível do mar até picos de quase 3 mil metros de altura, permitiu que milhares de espécies, entre animais e vegetais, se adaptassem ao ambiente. Quase metade delas só existe neste admirável mundo verde. Originalmente, as florestas estendiam-se continuamente por toda a costa brasileira desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Elas avançavam, em alguns pontos, 100 km em direção ao continente. A devastação no entanto, quase arrasou a Mata Atlântica: do 1,1 milhão de km² existente em 1500, restam menos de 100 mil km². Muitas espécies foram extintas e outras estão seriamente ameaçadas. Em razão das agressões ambientais, surgiram as reservas ambientais, onde a fauna e a flora estão protegidas.
Insubstituível
O trabalho de preservação tem feito com que a Mata Atlântica se torne refúgio dos últimos representantes de algumas espécies, como o mico-leão-dourado e o pau-brasil. Em Lagamar, pólo ecológico localizado no litoral sul de São Paulo e no norte do Paraná, botos pode ser vistos com frequência. A Mata Atlântica também fornece água para a população, protege as encostas das serras e ajuda na manutenção do clima. Enfim, uma combinação naturalmente bela.
WWF-Brasil Mata Atlântica
A partir desse cenário, o Programa Mata Atlântica do WWF-Brasil vem trabalhando com a missão de aliar o bem-estar humano à conservação da biodiversidade, qualidade e integridade do solo e dos recursos hídricos.
Para isso, atua com linhas de ação focadas nos poucos remanescentes que se mantém: a linha de planejamento ecorregional, que visa nortear ações para a conservação e uso sustentável dos recursos naturais; a de áreas protegidas, apoiando a criação e implantação de Unidades de Conservação (UC) no Bioma; e a de reabilitação da paisagem, visando um aumento da área de florestas integradas às atividades econômicas.
Duas importantes concepções orientam as iniciativas do programa desde o início: a definição de Ecorregiões – extensas partes de terra ou água que compartilham espécies e condições ambientais comuns – e a Visão de Biodiversidade – uma ferramenta de planejamento que identifica áreas críticas a serem conservadas em escala de 50 a 100 anos.
Os projetos se basearam, assim, na Ecorregião Florestas do Alto Paraná, Ecorregião Florestas Costeiras de Pernambuco e Ecorregião da Serra do Mar. Aos poucos, vem-se promovendo a articulação entre diferentes públicos que interferem na manutenção da Mata Atlântica: proprietários de terra, poder executivo e legislativo, organizações locais entre outros.
Onça Pintada
Está ameaçada de extinção devido à caça e à destruição de seu ambiente, o que acarretou a redução da oferta de alimentos.
Pau Brasil
Era utilizado como corante pelos portugueses no século XVI. A exploração fez com que quase nada restasse dessa árvore-símbolo do Brasil.
Floresta da Tijuca
Região da Mata Atlântica localizada no coração do Rio de Janeiro. É a maior floresta urbana do mundo, com cerca de 32 km².
Para isso, atua com linhas de ação focadas nos poucos remanescentes que se mantém: a linha de planejamento eco regional, que visa nortear ações para a conservação e uso sustentável dos recursos naturais; a de áreas protegidas, apoiando a criação e implantação de Unidades de Conservação (UC) no Bioma; e a de reabilitação da paisagem, visando um aumento da área de florestas integradas às atividades econômicas.
Duas importantes concepções orientam as iniciativas do programa desde o início: a definição de Eco regiões – extensas partes de terra ou água que compartilham espécies e condições ambientais comuns – e a Visão de Biodiversidade – uma ferramenta de planejamento que identifica áreas críticas a serem conservadas em escala de 50 a 100 anos.
Os projetos se basearam, assim, na Ecorregião Florestas do Alto Paraná, Ecorregião Florestas Costeiras de Pernambuco e Ecorregião da Serra do Mar. Aos poucos, vem-se promovendo a articulação entre diferentes públicos que interferem na manutenção da Mata Atlântica: proprietários de terra, poder executivo e legislativo, organizações locais entre outros.
Localização: Fragmentos entre o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul.
Animal Símbolo: Mico-leão-dourado.
Extinção: Das mais de 200 espécies ameaçadas no país, cerca de 170 vivem lá.
MATA ATLÂNTICA
As densas florestas da Mata Atlântica, recheadas de paisagens paradisíacas, revelam um dos mais belos recantos do mundo. Além de toda a beleza, elas têm enorme importância ecológica, pois abrigam uma das maiores biodiversidades do mundo.
Variados tipos de florestas, relevos e populações dão cara à Mata Atlântica, ao longo de 17 estados brasileiros, Paraguai e Argentina. Recordista mundial em biodiversidade, essa floresta tropical é também uma das mais ameaçadas do planeta, com 8,5%* de sua área original sobrevivendo na região mais desenvolvida e ocupada do país.
São belezas singulares, formações naturais diversas e de importância inigualável devido a seu ecossistema. Essa é a Mata Atlântica, cujo relevo variado, com altitudes desde o nível do mar até picos de quase 3 mil metros de altura, permitiu que milhares de espécies, entre animais e vegetais, se adaptassem ao ambiente. Quase metade delas só existe neste admirável mundo verde. Originalmente, as florestas estendiam-se continuamente por toda a costa brasileira desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Elas avançavam, em alguns pontos, 100 km em direção ao continente. A devastação no entanto, quase arrasou a Mata Atlântica: do 1,1 milhão de km² existente em 1500, restam menos de 100 mil km². Muitas espécies foram extintas e outras estão seriamente ameaçadas. Em razão das agressões ambientais, surgiram as reservas ambientais, onde a fauna e a flora estão protegidas.
Insubstituível
O trabalho de preservação tem feito com que a Mata Atlântica se torne refúgio dos últimos representantes de algumas espécies, como o mico-leão-dourado e o pau-brasil. Em Lagamar, pólo ecológico localizado no litoral sul de São Paulo e no norte do Paraná, botos pode ser vistos com frequência. A Mata Atlântica também fornece água para a população, protege as encostas das serras e ajuda na manutenção do clima. Enfim, uma combinação naturalmente bela.
WWF-Brasil Mata Atlântica
A partir desse cenário, o Programa Mata Atlântica do WWF-Brasil vem trabalhando com a missão de aliar o bem-estar humano à conservação da biodiversidade, qualidade e integridade do solo e dos recursos hídricos.
Para isso, atua com linhas de ação focadas nos poucos remanescentes que se mantém: a linha de planejamento eco regional, que visa nortear ações para a conservação e uso sustentável dos recursos naturais; a de áreas protegidas, apoiando a criação e implantação de Unidades de Conservação (UC) no Bioma; e a de reabilitação da paisagem, visando um aumento da área de florestas integradas às atividades econômicas.
Duas importantes concepções orientam as iniciativas do programa desde o início: a definição de Eco regiões – extensas partes de terra ou água que compartilham espécies e condições ambientais comuns – e a Visão de Biodiversidade – uma ferramenta de planejamento que identifica áreas críticas a serem conservadas em escala de 50 a 100 anos.
Os projetos se basearam, assim, na Ecorregião Florestas do Alto Paraná, Ecorregião Florestas Costeiras de Pernambuco e Ecorregião da Serra do Mar. Aos poucos, vem-se promovendo a articulação entre diferentes públicos que interferem na manutenção da Mata Atlântica: proprietários de terra, poder executivo e legislativo, organizações locais entre outros.
Onça Pintada
Está ameaçada de extinção devido à caça e à destruição de seu ambiente, o que acarretou a redução da oferta de alimentos.
Pau Brasil
Era utilizado como corante pelos portugueses no século XVI. A exploração fez com que quase nada restasse dessa árvore-símbolo do Brasil.
Floresta da Tijuca
Região da Mata Atlântica localizada no coração do Rio de Janeiro. É a maior floresta urbana do mundo, com cerca de 32 km².
Localização: Piauí, a 530 km da capital, Teresina. Abrange quatro cidades.
Localização: Situa-se no Rio Grande do Sul, fronteira com Argentina.
Localização: Manaus, capital do Amazonas.
Localização: O Pelourinho situa-se em Salvador, capital da Bahia.
Construções:Cerca de 3000 casarões dos séculos XVI a XVIII.
Área: 72 mil metros quadrados.
PELOURINHO
As igrejas, os museus e os casarões coloniais do Pelourinho contam em detalhes a história social, cultural e religiosa do povo baiano. Cada aspecto revela a multiplicidade de crenças e seitas, oriundas de negros, índios e portugueses, que construíram o mais importante centro artístico e histórico de Salvador.
O Pelourinho, popularmente chamado de Pelô, é o nome de um bairro de Salvador, a capital do estado da Bahia, no Brasil. Se localiza no Centro Histórico da cidade na área que abrange apenas as ruas que vão do Terreiro de Jesus até o Largo do Pelourinho,o qual possui um conjunto arquitetônico colonial barroco português preservado e integrante do Patrimônio Histórico da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
A palavra "pelourinho" se refere a uma coluna de pedra, localizada normalmente ao centro de uma praça, onde criminosos eram expostos e castigados. No Brasil Colônia, porém, era, principalmente, usado para castigar escravos.
O Pelourinho apresenta cerca de 3 mil casarões dos séculos XVI a XVIII e é um verdadeiro acervo a céu aberto da arte e da história colonial do Brasil. Sua construção confunde-se com a evolução da cidade de Salvador, fundada em 1549.Os primeiros sobrados e igrejas foram edificados no local onde hoje é o Pelourinho. As construções, de arquitetura barroco português, foram erguidas com a mão-de-obra escrava negra e indígena. Até hoje, em cada canto do bairro é visível essa mistura: na música, na dança, nas artes plásticas e nas crenças religiosas. Em um dos casarões está a Fundação Casa de Jorge Amado. Fundada em 1987, guarda as obras literárias de Jorge amado, um dos mais renomados escritores brasileiros do século XX.
Concentração de Poder
O termo “pelourinho” era usado na época do Brasil colonial para indicar o local onde os escravos eram castigados pelos senhores de engenho e, em geral, ficava afastado da cidade. No entanto, em Salvador, o Pelourinho foi criado no largo central da cidade, como demonstração de poder dos portugueses, e acabou dando nome ao bairro. Entre o século XVI e início do XX, o Pelourinho foi o grande centro comercial de Salvador e o bairro da aristocracia baiana. A partir da década de 1960, começou a ser abandonado e a marginalidade imperou durante alguns anos. Em 1985, foi tombado pela Unesco e seus casarões passaram por uma grande restauração a partir de 1992.
Rosário dos Pretos
A igreja foi construída pelos escravos no século XVII, no local onde os senhores de engenhos puniam os negros que tentavam fugir.
No topo da cidade
Situado na região mais alta de Salvador, o Pelourinho ficava protegido de possíveis invasões estrangeiras.
Cultura afro brasileira
A batida dos tambores, a dança e a capoeira são provas da influência que os negros escravos tiveram da cultura baiana.
Localização: Piauí, a 530 km da capital, Teresina. Abrange quatro cidades.
Patrimônio da Humanidade: Desde 1991.
Destaque:O Museu do Homem Americano guarda ossos e instrumentos pré-históricos.
SERRA DA CAPIVARA
Desbravar o Parque Nacional da Serra da Capivara é entrar no Túnel do tempo e retornar 50 mil anos. Em meio à paisagem semi-árida do sertão, revela-se um tesouro pré-histórico; uma das primeiras ocupações humanas na América do Sul
O Parque Nacional (Parna) da Serra da Capivara foi criado através do Decreto de nº 83.548 de 5 de junho de 1979, com área de 100 000 hectares. A proteção ao Parque foi ampliada pelo Decreto de nº 99.143 de 12 de março de 1990 com a criação de Áreas de Preservação Permanentes adjacentes com total de 35 000 hectares. Localizado no semi-árido nordestino, fronteira entre duas formações geológicas, com serras, vales e planície, o parque abriga fauna e flora específicas da Caatinga.
Pelo seu valor histórico e cultural, o Parque Nacional da Serra da Capivara foi declarado pela Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 1991, Patrimônio Cultural da Humanidade.
A Portaria MMA nº 76, de 11 de março de 2005, criou um Mosaico de Unidades de Conservação abrangendo os Parques Nacionais Serra da Capivara e Serra das Confusões e o Corredor Ecológico conectando os dois parques. A área total do Corredor Ecológico é de 414 mil hectares, abrangendo os municípios de São Raimundo Nonato, Canto do Buriti, Tamboril do Piauí, Brejo do Piauí, São Braz, Anísio de Abreu, Jurema, Caracol e Guaribas.
Seus 400 sítios arqueológicos, espalhados por 1.300 km², fazem desse parque, localizado no interior do Piauí, o principal centro de estudos arqueológicos da América. As mais de 25 mil pinturas rupestres, isto é, feitas em paredes, constituem o mais importante acervo do continente e revelam rituais religiosos, danças, caçadas, cenas de amor e de guerra dos homens e mulheres que habitaram o local há milhares de anos. A Serra da Capivara também é rica nos chamados vestígios materiais, como restos de fogueiras. Foi graças a essas pistas deixadas por nossos ancestrais que a arqueóloga brasileira Niéde Guidon chegou a uma descoberta revolucionária. Escavando a região desde 1970, ela concluiu que a ocupação humana na América do Sul data de 50 mil anos atrás e não 20 mil anos, como se acreditava.
Natureza é história
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PEDRA FURADA. |
A Serra da Capivara é um lugar especial porque reúne beleza natural e riqueza histórica. A Pedra Furada é o melhor exemplo. Trata-se de um paredão de mais de 60 metros de altura com uma abertura de 15 metros de diâmetro. Considerada a principal atração do parque, a Pedra Furada não impressiona apenas por suas dimensões e sua forma inusitada, mas também pelo conjunto de 1.150 pinturas rupestres que a tornam o mais importante sítio arqueológico da região.
Pedra Furada
Existem vestígios de que, há 10 mil anos, mastodontes, preguiças de 8 metros e outros grandes animais vagavam ao redor dela.
Fauna
Entre as muitas espécies da Serra da Capivara, destacam-se os répteis, como lagartos, serpentes e camaleões.
Flora
A aroeira é uma das árvores mais representativas da caatinga que domina o parque. Outros exemplos são xique-xique e macambira.
Localização: Situa-se no Rio Grande do Sul, fronteira com Argentina.
Patrimônio da Humanidade: Desde 1983.
Museu das Missões:Projetado por Lúcio Costa em 1940, expões esculturas feitas pelos guaranis.
SETE POVOS DAS MISSÕES
Das ruínas de São Miguel das Missões parecem ecoar sons sublimes e gritos de horror. O mais importante povoamento entre os sete fundados pelos padres jesuítas no Sul do Brasil, entre 1682 e 1796, guarda a memória de um tempo em que índios e brancos construíram juntos uma comunidade próspera e igualitária, que foi tragicamente destruída.Os sete povos das Missões foram estratégias criadas por padres espanhóis no Sul do Brasil com o objetivo de espalhar a fé católica catequizando os indígenas.
Um pouca da História Local
O catolicismo esteve demasiadamente presente no processo de colonização do Brasil e foram os jesuítas que por longos séculos disseminaram a fé cristã e catequizaram grande número de indígenas nos trópicos. Um exemplo dessa realidade religiosa foi a prática das missões, com o objetivo de converter nativos da América portuguesa ao catolicismo.
Em território brasileiro, durante a era colonial, portugueses e espanhóis disputavam áreas de influências para praticarem seus objetivos políticos ou religiosos. Além do mais, havia um choque de interesses entre padres e latifundiários, pois ao passo que os padres queriam converter os indígenas na esfera religiosa, os latifundiários queriam utilizá-los no trabalho escravo.
Contudo, mesmo havendo essa dicotomia entre jesuítas e bandeirantes em relação à captura dos indígenas, as missões conseguiram prosperar em algumas regiões, como, por exemplo, os sete povos das Missões desenvolvidos na atual região do Rio Grande do Sul. Coube aos espanhóis o papel de idealizar e construir essas missões compostas por sete reduções, que foram: redução de São Francisco de Borja, de São Nicolau, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir,São João Batista, São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo Custódio.
Vale lembrar que uma das teses propaladas acerca dos motivos de criação dessas sete reduções no Sul do Brasil foi a disputa territorial entre a coroa espanhola e a portuguesa, em que os primeiros tinham o objetivo de assegurar essas terras perante os lusitanos e, assim, incentivavam o processo de ocupação pelos padres espanhóis.
A primeira redução a nascer foi a de São Francisco de Borja, em 1682, fundada pelo padre Francisco Garcia. Em 1707, essa redução já contava com 2.814 habitantes e posteriormente deu origem à cidade de São Francisco de Borja. Em contrapartida, a redução de São Luiz Gonzaga contava em 1707 com uma população de apenas 1.997 pessoas.
A redução de São Nicolau já era habitada anteriormente, porém seus habitantes tinham sido expulsos pelos bandeirantes de Francisco Bueno, refugiando-se na Argentina e fundando por lá a redução dos apóstolos. Contudo, em 1627, esses antigos habitantes voltaram para a região de origem e fundaram a redução de São Nicolau. Outro exemplo da problemática entre jesuítas e bandeirantes foi a redução de São Miguel Arcanjo, que foi atacada e, consequentemente, abandonada pelo seu fundador Cristóvão de Mendonça e pelos indígenas que lá habitavam. Essa redução somente foi repovoada em 1687, com a chegada de mais de 4.000 pessoas e reconstruída da maneira que era antes do ataque dos bandeirantes. Vale lembrar que a redução de São Miguel Arcanjo foi dividida em duas, indo cerca 2.800 pessoas para a nova redução de São João Batista.
O declínio dessas reduções se deu pelas divergências das políticas entre Portugal e Espanha, principalmente após o Tratado de Madri, de 1750, em que as reduções do Sul do Brasil ficaram com os portugueses em troca da Colônia do Sacramento para os espanhóis. Mesmo assim as disputas continuaram entre padres e indígenas que não queriam abandonar suas reduções de origem e se deslocarem para outras regiões.
Registros arquitetônicos
Um dos mais importantes registros arquitetônicos do Brasil, as ruínas das missões jesuíticas são comparáveis às do Coliseu e às da Acrópole de Atenas. Datadas de 1687, a missão de São Miguel representa o apogeu das comunidades de índios guaranis sob o comando dos jesuítas. A imponência do que restou de sua igreja revela o esplendor da cultura que floresceu na verdejante paisagem dos pampas em São Nicolau, Santo Ângelo, São Lourenço, São João Batista, São Luiz Gonzaga, São Francisco Borja e São Miguel, capital dos Sete Povos das Missões. As construções - Igreja, biblioteca, casa dos padres, casas dos índios, oficinas, cemitério e casa dos órfãos e das viúvas – seguiam a mesma disposição ao redor de uma praça quadrangular de 130 metros de lado.
Do paraíso ao inferno
As missões eram ilhas de prosperidade e chegaram a reunir mais de 100 mil nativos. Os índios criavam gado, plantavam e vendiam o excedente. O trabalho era coletivo e seus frutos, repartidos igualmente por todos. Esse paraíso começou a ruir em 1750, quando os reis de Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri, estabelecendo novas fronteiras na América do Sul. Os Sete Povos, que então pertenciam à Espanha passaram a Portugal, que expulsou os índios e jesuítas que se recusaram a abandonar as missões. Houve guerra. Os guaranis resistiram bravamente sob a liderança do cacique Sepe Tiaraju, mas as missões foram arrasadas. Sua coragem, no entanto, sobrevive no espírito guerreiro dos cavaleiros dos pampas.
Companhia de Jesus
Nome oficial das Ordens dos Jesuítas, fundada em 1540 fundada por Santo Inácio de Loyola. Sua principal atividade era catequese dos nativos.
Criação Artísticas
Os índios confeccionavam instrumentos musicais e cantavam no coro da igreja, além de esculpir imagens de anjos e santos para enfeitá-las.
Basílio da Gama
Localização: Manaus, capital do Amazonas.
Inauguração: 31 de dezembro de 1896.
Capacidade: Cerca de 700 pessoas, entre platéia e três andares de camarotes e frisas.
TEATRO AMAZONAS
Na região onde a natureza é pura exuberância, as mãos humanas adicionaram uma atração suntuosa. Erguido às margens do Rio Negro, o Teatro Amazonas é testemunha incontestável da riqueza e do luxo gerados no período áureo da borracha.
Histórico
A primeira ideia concreta de construção de um Teatro em Manaus surgiu em 1881. O deputado Antonio José Fernandes apresenta um projeto de Lei argumentando que “a cidade não dispunha de edifício próprio para representações teatrais, cuja distração é incontestavelmente de utilidade e muito concorre para a civilização da nossa sociedade” e “que a província se acha em condições de satisfazer esta necessidade, que também concorre para o embelezamento da cidade”.
Em junho de 1881 é sancionada a Lei autorizando a construção de um teatro de alvenaria e aquisição do terreno; em maio de 1882 são chamados os concorrentes para apresentação do projeto de arquitetura e orçamento, fixado inicialmente em 250 contos de réis.
A pedra fundamental do Teatro só foi lançada em 1884. As obras estiveram paralisadas de 1886 a 1893, quando foram retomadas pelo governador Eduardo Ribeiro que, apesar do esforço, não chegou a inaugurá-lo.
Depois de muitos entraves políticos, administrativos e técnicos, o Teatro Amazonas foi finalmente inaugurado em 31 de dezembro de 1896, embora sem estar ainda totalmente concluída a construção e decoração.
A construção do Teatro Amazonas ao final do século XIX, só foi possível graças ao período conhecido na história sócio-econômica brasileira como Ciclo da Borracha. Somente a privilegiada situação econômica da Província do Amazonas, na época propiciada pela exportação da borracha, tornaria possível a implantação na cidade de projetos tão audaciosos, dos quais o Teatro é o exemplo mais expressivo.
Também contribuiu a visão do governador Eduardo Ribeiro, que deu impulso à nova feição urbanística de Manaus.
Atividades Desenvolvidas
O Teatro Amazonas, desde a sua inauguração em 1896, viu apresentar-se no seu palco todo tipo de espetáculo: óperas, operetas, musicais, peças de teatro, shows de cantores líricos e populares, festivais, grupos de dança, bandas de música, corais, orquestras e tantos outros.
Mas além de casa de espetáculos, ele é um lugar de referências fundamentais para a cidade. Nele a função teatro anda de braços dados com a função de lugar de memória, de patrimônio cultural e de museu.
A rigor todo o Teatro Amazonas é um museu. Sendo este um espaço especial reservado á memória da cidade de Manaus
Seu percurso se dá ao longo do próprio Teatro e das salas do primeiro e terceiro pavimentos, onde a história, contada por meio do Museu, integra-se e é completada pela presença física e monumental do Teatro.
De volta à cena cultural
Fechado durante vários períodos, o Teatro Amazonas voltou à cena cultural em 1997, quando ocorreu a primeira edição do Festival de Ópera de Manaus. Atualmente, o teatro mantém a Companhia de Dança, o Coral e a orquestra Amazonas Filarmônica. Tudo para preencher com arte um dos lugares, por natureza, mais privilegiados do planeta.
Acervo
O Museu do Teatro Amazonas possui um valioso acervo de objetos que evocam as diversas fases da sua história, desde a sua construção aos dias atuais. Parte dele pode ser visto ao longo do percurso de visitação, outra parte encontra-se em Reserva Técnica e destina-se a estudos e eventuais mostras temporárias.
Participação Nacional
Apenas as madeiras do piso e das cadeiras são brasileiras- da Bahia. Mesmo assim, foram tratadas na França antes de integrar a obra.
Deuses dos Rios
O pano de boca representa o encontro dos rios Negro e Solimões. Ele sobe inteiro para a cúpula, preservando a pintura original.
À moda grega
As 22 colunas de frente para os camarotes são adornadas por máscaras da tragédia grega, como esta, que representam artistas famosos.
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