Atlântida e outras Civilizações perdidas

4 mitos parecidos com o de Atlântida que são reais

Conheça as descobertas da geomitologia

O filme da disney 'Atlantis - O reino Perdido', de 2001, foi baseado no mito da ilha de Atlântida


O mito das ilhas perdidas é um dos favoritos de filósofos, escritores e amantes da história. Esse interesse começou com a menção da ilha de Atlântida nos diálogos de Timeu e Crítias, do filósofo Platão. Segundo o texto, o local seria maravilhoso, vasto e com uma política justa, e teria submergido após desastres naturais.
A publicação do texto de Platão despertou a curiosidade das milhares pessoas que, por séculos, buscaram a localização da ilha no mundo real. Diferentes teorias sugerem que Atlântida fica no Mediterrâneo, na costa da Espanha, na Grécia e até mesmo debaixo da Antártida.


O geólogo Dorothy Vitalino, da Universidade de Indiana, no Estados Unidos, inclusive, cunhou um termo para essa busca de um lugar real baseado em um mito: a geomitologia. Vitalino partiu do princípio que os mitos partem da tradição oral e podem ter incorporado elementos da realidade.
"Mitos são baseados em eventos que aconteceram e são provocados por eventos ou combinações de eventos que impactaram a sociedade de forma catastrófica", explica o arqueólogo Bruce Masse em entrevista à BBC. "E esses mitos abrem a oportunidade de descobrirmos mais sobre essas ocorrências."
E de fato existem várias ilhas dadas como perdidas e que foram encontradas. Separamos quatro histórias como essa, confira:
1 - O geólogo Patrick Nunn, da Universidade of Sunshine Coast, na Austrália, ficou intrigado quando ouviu falar sobre uma ilha perdida chamada Teonimanu em Ilhas Salomão, país da Oceania. O mais curioso era que a tal ilha era montanhosa, não teria como ter submergido rapidamente.
Nunn descobriu que existia uma história de amor e traição por trás do desaparecimento da suposta ilha. Quando Roraimenu descobre que sua esposa Sauwete'au o está traindo com um outro homem em Teonimanu, ele parte para a ilha em busca de vingança. Ao chegar na costa, Roraimenu começa um ataque violento e, com seu poder, faz com que ocorra um tsunami.
"Dificilmente ondas conseguem submergir ilhas, ainda mais se elas forem altas e vulcânicas", explica o geólogo. Os profissionais da área acreditam que um terremoto tenha acabado com a ilha, que sempre esteve em um desclive perto do oceano. Uma vez que os tremores chegaram na base de Teonimanu, a ilha desmoronou, o que provavelmente gerou um tsumani no meio do processo.
No caso, as pessoas que sobreviveram contaram a história uma vez atrás da outra, gerando o mito.
2 - Textos em sânscrito descrevem várias cidades que foram perdida para as ondas. Entre eles está o poema Mahabharata, que tem cerca de quatro mil anos de idade e é considerado a maior narrativa épica da literatura.
O Mahabharata conta como Lord Krishna fundou a cidade de Dwarka, que supostamente foi "engolida" pelo Mar Arábico. Por muito tempo acreditou-se que a história fosse só isso, uma história. No entanto, a cidade de fato existe e, em 1963, uma equipe de arqueólogos escavou a região e descobriu diversos artefatos da época à qual se refere o mito.
Dwarka fica na costa indiana

3 - Histórias parecidas falam sobre a cidade de Mahabalipuram, que fica no distrito de Kancheepuram, na Índia. Em 2004, após o tsunami no Oceano Índico, várias ruínas reapareceram no local, confirmando seu passado. "Quando você olha para esses lugares todos aparentam terem sido atingidos por ondas que vieram e levaram consigo as pessoas que ali viviam", diz Nunn.
Esculturas foram alguns dos artefatos que emergiram após o tsunami de 2004

4 - A Austrália é outro país com concentração de mitos de ilhas e cidades. Em parceria com Nicholas Reid, da Universidade da Nova Inglaterra, na Austrália, Nunn pesquisou a fundo todos os documentos relacionados às sociedades aborígenes que existiram no país há 65 mil anos. 
A dupla descobriu 21 histórias de lugares desaparecidos na Austrália. Algumas regiões eram baixas, fazendo com que qualquer aumento nos níveis do mar fosse um problema. "As pessoas devem ficar preocupadas com isso todos os anos", afirma Redir. "E elas provavelmente ouviram histórias de seus pais e avós sobre como o nível ficava ainda pior."
A partir desse levantamento, Reid e Nunn sugerem que as narrativas em questão devem ter entre sete a dez mil anos. "Se falarmos de dez mil anos, temos que considerar 400 gerações. Transmitir algo por 400 gerações é extraordinário", completa Reid.

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