Gatos: humanos desenvolvendo doenças mentais

Donos de gatos têm mais chances de desenvolver doenças mentais



Pesquisa mostra a relação entre parasita digerido por felinos que pode impactar o corpo humano




Você já deve ter visto o estereótipo a seguir em vários filmes: a pessoa sozinha, muitas vezes idosa, que tem muitos gatos e apresenta comportamentos estranhos. Pode não ser uma representação exagerada de Hollywood, afinal de contas. Um estudo realizado por profissionais do Instituto de Pesquisa Médica Stanley, nos Estados Unidos, mostra que existe uma ligação entre o parasita Toxoplasma gondii, geralmente carregado pelos felinos, e doenças mentais desenvolvidas nos donos dos animais.
Estudos anteriores mostraram que o parasita em questão pode alterar o comportamento de ratos, fazendo com que eles fiquem suicidas. Os roedores têm um olfato muito aguçado, logo, se sentem cheiro da urina dos gatos, tendem a evitá-la. Quando infectados pelo Toxoplasmas gondii, no entanto, os ratos seguem em direção ao cheiro, ficando exposto aos predadores. Com isso, os gatos acabam ingerindo os ratos e o parasita em questão se instala em seu corpo.
Os felinos só são hospedeiros do parasita quando este consegue se reproduzir sexualmente. Depois que o T. Gondii produz novos ovos dentro do gato, eles são despejados nas fezes. Esses ovos podem durar por meses em uma variedade de temperaturas, prontos para infectar outro hospedeiro, inclusive humanos.
Apesar de não poder se reproduzir dentro de um hospedeiro humano, eles podem causar toxoplasmose. A doença pode afetar o organismo, o cérebro e até mesmo o coração. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, mais de 60 milhões de pessoas podem estar infectadas só no país.
No estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Médica Stanley, os pesquisadores descobriram que famílias que tiveram gatos de estimação têm mais chance de ter um membro que desenvolverá doenças mentais ao longo da vida. Uma outra pesquisa, que foi divulgada em abril na publicação científica Acta Psychiatrica Scandinavica, corrobora com esses resultados. Foram testados 50 voluntários e, de acordo com o estudo, os infectados comT. Gondii tiveram duas vezes mais chances de desenvolver esquizofrenia ao longo da vida.
Tendo em vista a imensa quantidade de comentários negativos relacionados à matéria, achamos válido nos manifestar aqui para esclarecer alguns pontos. O primeiro e mais importante de todos é: nós não temos absolutamente nada contra gatos. Inclusive, de tempos em tempos, postamos conteúdos que de certa forma os exaltam - para encontrá-los, basta digitar "gatos" no campo de busca do nosso site.
Em nenhum momento foi nossa intenção propagar qualquer tipo de ódio ou preconceito contra os felinos - e se alguém se sentir compelido a se livrar do próprio animal de estimação depois de ler estas informações, recomendamos fortemente que não o faça.
Para que fique mais claro, o que fizemos foi divulgar um conteúdo sustentado em duas pesquisas acadêmicas diferentes, publicadas em periódicos científicos, que abordam possíveis riscos advindos da infecção pelo protozoário "Toxoplasma gondii". Podem, sim, existir outras patologias relacionadas ao T. gondii que não se manifestem de forma tão explícita ou frequente como os danos provocados à visão, por exemplo. Quanto mais a fundo a toxoplasmose for estudada, melhores são as chances de que os portadores da doença não percam qualidade de vida.

Resumindo: é claro que, se o gato for bem cuidado e não hospedar o parasita, ele não oferecerá nenhum tipo de ameaça à saúde mental de seus donos. Quem pode, de fato, provocar patologias nessa história é o T. gondii, e não os gatos. Mas infelizmente a evolução fez deles hospedeiros do protozoário - portanto, por mais que amemos os bichanos, devemos ficar sempre atentos à saúde deles.

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