Zika agindo no cérebro dos bebês
Ciência descobre como o zika age no cérebro dos bebês
Estudos
nos EUA e no Brasil revelam que o vírus mata boa parte das células
- e escraviza as demais
A
descoberta, que fortalece a ligação entre o vírus e a
microcefalia, foi feita por um grupo de cientistas de três
universidades americanas (Johns Hopkins, Flórida e Emory). O
estudo,
que acaba de ser publicado na revista Cell,
usou células-tronco, ou seja, que têm a capacidade de se
transformar em qualquer tipo de célula humana. Elas foram induzidas
a se transformar em "células progenitoras neurais", que
dão origem a neurônios. Em seguida, foram colocadas em contato com
o vírus zika durante duas horas. Os cientistas esperaram três dias,
e analisaram o resultado - que foi dramático.
Praticamente
todas as células (90%) haviam sido infectadas pelo vírus. Um terço
delas estava morta, e as demais tiveram o desenvolvimento
prejudicado. Isso significa que, na prática, elas teriam dificuldade
em evoluir e se transformar em neurônios - o que pode explicar a
má-formação cerebral típica da microcefalia. Além disso, as
células que sobreviveram se transformaram em multiplicadoras do
zika, liberando cópias do vírus e reforçando a infecção.
O
estudo também constatou que o zika não têm o mesmo efeito sobre
células cerebrais já formadas - o que pode explicar porque ele não
afeta o cérebro de adultos, que já está desenvolvido. Os autores
do estudo americano ressaltam que ele não é uma prova definitiva de
que o zika causa microcefalia; mas admitem que ele aponta nessa
direção.
O
efeito do zika sobre o cérebro foi comprovado por outro estudo, que
foi realizado pela UFRJ em parceria com o Instituto D'Or de Pesquisa,
do Rio de Janeiro, e também acaba
de ser publicado.
A experiência também usou células-tronco, que foram reprogramadas
para se transformar em células cerebrais, e infectadas com o zika.
Na pesquisa brasileira, 40% das células foram mortas ou tiveram o
crescimento afetado pelo vírus.
Mas
não há apenas más notícias envolvendo o zika. Um estudo da
Fundação Oswaldo Cruz, revelado
na noite de domingo passado, pelo programa Fantástico,
da TV Globo, aponta que o Aedes
aegypti tem
certa dificuldade em transmitir o zika. De cada 100 mosquitos
infectados com o vírus, em média 20 conseguirão incubá-lo e
transmiti-lo para outra pessoa - porque em apenas 20% dos casos o
vírus consegue se reproduzir em quantidade suficiente para infectar
a saliva do mosquito. Isso é metade da taxa de retransmissão do
vírus da dengue (40 em cada 100 mosquitos infectados conseguem
repassá-lo), e menos de um terço da taxa de retransmissão do
chikungunya (70 em cada 100 mosquitos infectados podem repassá-lo).
Veja a matéria na íntegra através deste link : http://super.abril.com.br/ciencia/ciencia-descobre-como-o-zika-age-no-cerebro-dos-bebes?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super
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