Há 406 anos Galileu Galilei já descobria as luas de Júpiter
Há 406 anos Galileu Galilei descobriu as primeiras luas de Júpiter
Saiba mais sobre os satélites e a rixa entre Galileu e Simon Marius
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IO,EUROPA,GANÍMEDES E CALISTO. |
Há
406 anos, no dia 7 de janeiro, Galileu Galilei descobria quatro
satélites de Júpiter - Io, Europa, Ganímedes e Calisto. Esses são
os primeiros do que viriam a ser 67
satélites de
que se tem notícia do planeta.
Em
um primeiro momento, o astrônomo italiano pensou ter visto três
estrelas em torno de Júpiter. Após semanas de avaliação, um
quarto corpo apareceu e a partir disso ele sugeriu a existência de
quatro satélites na órbita do planeta. Com isso, esses
corpos ganharam o nome de Luas de Galileu.
Galileu
criou um sistema de nomenclatura dos satélites que utilizava números
romanos. Dessa forma, as
luas eram chamadas de Júpiter I, Júpiter II, Júpiter III e Júpiter
IV.
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AS 4 LUAS SÃO AS MAIORES ENTRE AS 67 DE JÚPITER. |
No
ano de 1614, o
astrônomo alemão Simon Marius publicou um artigo chamado Mundus
Iovialis, no qual afirmava ter ter descoberto as quatro luas de
Júpiter antes de Galileu.
A disputa continuou séculos depois e só foi resolvida em 2003,
quando um tribunal da Holanda investigou todos os episódios e
evidências dos dois astrônomos. As
autoridades acreditam que provavelmente Marius descobriu os satélites
primeiro,
no entanto, começou a tomar notas sobre eles depois de Galileu -
fato complicado pelo fato de o alemão usar o calendário juliano e o
segundo usar o gregoriano, causando uma diferença de 13 dias entre
os dois.
A
partir do século XX a nomenclatura sugerida por Marius para os
quatro satélites passou a ser utilizada.
Júpiter I, II, III e IV se tornaram Io,Europa,
Ganímedes e Calisto,
em homenagem às amantes do deus grego Zeus.
As
quatro luas são as maiores das 67 de Júpiter.Io
possui
um diâmetro de 3643 quilômetros e uma massa de 8.93×1022 quilos.
O
satélite é o que fica mais próximo ao planeta e possui uma
atividade vulcânica que atinge temperaturas por volta dos 1700 ºC,
bem maior do que as da Terra.
Acredita-se que essa atividade seja relacionada às interações
gravitacionais da lua com Júpiter e até mesmo Europa e Ganímedes.
A
superfície de Io conta com uma mistura de cores quentes, resultantes
do enxofre e do dióxido de enxofre presentes no satélite e pelas
temperaturas liberadas por sua atividade vulcânica.
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IO, LUA DE JÚPITER. |
Já
a Europa, com 3122 quilômetros de diâmetro
e 4.8×1022 quilos de massa, é a menor entre as luas
galileanas. Sua superfície
é congelada e composta por materiais mais escuros, dando aos
astrônomos a impressão de que a crosta foi separada e depois
preenchida. Acredita-se que abaixo do gelo existam oceanos
de água líquida.
Assim
como a Terra, o satélite possui um núcleo composto por ferro e
níquel que, por sua vez, é coberto por uma camada rochosa.
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EUROPA, LUA DE JÚPITER. |
Ganímedes
é a principal lua de Júpiter e é o maior satélite do Sistema
Solar. Com 5262 quilômetros de diâmetro, o
satélite chega a ser maior do que o planeta Mercúrio,
que possui 4879 quilômetros na mesma medida.
A
superfície de Ganímedes é parecida com a da Terra:
ela possui terra e água salgada - inclusive mais que o nosso
planeta. Usando
o telescópio Hubble,
cientistas da NASA estudaram melhor a superfície do satélite, que
possui
um oceano com uma espessura de 100 quilômetros.
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GANÍMEDES, LUA DE JÚPITER. |
Calisto
é
a lua galileana mais distante de Júpiter e tem 4,5 bilhões de anos,
aproximadamente a mesma idade do planeta. Por conta disso, estima-se
que a superfície do satélite, que é cheia de crateras, seja uma
das mais antigas do Sistema Solar.
Calisto é composto por gelo e rocha e, segundo
a NASA,
seu núcleo provavelmente contém silicato (silício e oxigênio).
Também é possível que o satélite tenha água líquida abaixo de
sua superfície.
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CALISTO, LUA DE JÚPITER. |
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