Ex governador, Sérgio Cabral, diz ter consciência tranquila
Sérgio Cabral diz ter 'consciência tranquila quanto a mentiras absurdas'
Ex-governador
do Rio de Janeiro foi preso na Operação Lava Jato.
Ele negou
envolvimento no governo para beneficiar empreiteiras.
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O
ex-governador do Rio foi preso na Operação Lava Jato
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O
ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral disse ter "a
consciência tranquila quanto às mentiras absurdas que lhe foram
imputadas e que acredita na Justiça", em depoimento prestado à
Polícia Federal (PF), protocolado nesta segunda-feira (21), na
Justiça Federal do Paraná.
À
PF, ele se disse indignado com a situação, alegou desconhecer
qualquer pedido de propina a empreiteiras e ressaltou que "sua
política foi voltada para o crescimento econômico do Estado [do Rio
de Janeiro].
Também
negou, sempre que questionado, relação criminosa com investigados
na Operação Lava Jato.
O
ex-governador informou aos investigadores que "jamais adotou
medidas para intervir nas decisões da Petrobras" e que sequer
tinha informações sobre licitações e contratos da estatal.
Ele
disse apenas que sabia de reuniões entre a Companhia Estadual de
Águas e Esgotos (Cedae), a Secretaria de Meio Ambiente e diretores
da Petrobras, para tratar das obras do Complexo Petroquímico do Rio
de Janeiro(Comperj).
"(...)
os assuntos relacionados a Petrobras eram sempre corporativos e em
defesa do Estado do Rio de Janeiro", diz um trecho do
depoimento.
Sobre
o ex-diretor da PetrobrasPaulo
Roberto Costa,
delator já condenado na Operação Lava Jato, Cabral afirmou que o
conheceu, mas que só tratou com ele de forma institucional, junto
com o vice-governador. O político também negou que tenha mantido
relação de amizade com Costa.
O
ex-governador negou intervenções para beneficiar a empresa Delta
Construções, responsável pela obra de reforma do Maracanã, em
troca de propina - como consta na denúncia contra ele.
Cabral
foi
preso na quinta-feira (17),
na zona sul do Rio de Janeiro, durante a 37ª fase da Operação Lava
Jato, sob a suspeita de receber milhões em propina para fechar
contratos públicos.
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Cabral
é recebia 'mesadas' entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, diz MPF
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Segundo
o Ministério Público Federal (MPF), Cabral cobrava propina de
empreiteiras para fechar os contratos com o governo do Rio. As
construtoras, por sua vez, se consorciaram para fraudar licitações
e sabiam previamente quem iria ganhar as concorrências.
Os
investigadores dizem que 5% do valor do contrato ia para Cabral e 1%
para a Secretaria de Obras. Cabral
recebia das empreiteiras "mesadas" entre
R$ 200 mil e R$ 500 mil. O esquema envolveria ex-secretários de
Cabral e assessores.
Além
do ex-governador, outras sete pessoas também foram presas no mesmo
dia.
A
investigação teve como ponto de partida as delações de Clóvis
Primo e Rogério Numa, executivos da Andrade Gutierrez, feitas no
âmbito do inquérito do caso Eletronuclear.
No
depoimento à polícia, Cabral afirma ter tido apenas reuniões
referentes a obras com ambos, no Palácio Guanabara, sempre
acompanhado por secretários estaduais - nunca individualmente.
Nesta
segunda-feira, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio,
negou
o pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-governador.
No
despacho, o desembargador Abel Gomes justifica que faltam às
alegações dos advogados de Cabral relato "concatenado e
substancial" que possa mostrar que não houve "justa causa"
para a prisão preventiva do ex-governador.
Veja
as suspeitas contra Ségio Cabral, segundo o MPF:
– O
ex-governador é suspeito de chefiar um esquema de desvios em obras
do governo estadual feitas com recursos federais entre 2007 e 2014.
Ele cobraria propina de empreiteiras para fechar os contratos.
–
Segundo
o MPF, a propina exigida pelo ex-governador era de 5% por obra, mais
1% da chamada "taxa de oxigênio", que ia para a secretaria
de Obras do governo, comandada na época por Hudson Braga.
– De
acordo com os procuradores, Cabral teria recebido "mesada"
de R$ 350 mil da Andrade Gutierrez por pelo menos um ano. Da Carioca
Engenharia, a "mesada" seria de R$ 200 mil no primeiro
mandato, e de R$ 500 mil, no segundo.
- Só da Andrade Gutierrez, Cabral teria recebido R$ 2,7 milhões em espécie por contrato em obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) entre os anos de 2007 e 2011.
Matéria
na íntegra através do site:
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/11/cabral-diz-ter-consciencia-tranquila-quanto-mentiras-absurdas-imputadas.html
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