Sexo com Neandertais espalhou a DST no mundo
Sexo com neandertais espalhou a DST mais comum do mundo
Geneticistas descobriram que o tipo mais letal do vírus chegou a nós quando nossos ancestrais transaram com nossos “primos” extintos.
O
papilomavírus humano, também conhecido como HPV, é a DST mais
comum no mundo – mais de 80% das pessoas já teve uma infecção
assintomática e nem fica sabendo. São mais de 30 tipos de HPV, a
maioria com um impacto leve. Só que a doença tem algumas versões
perigosas, como o HPV 16, que pode causar câncer de colo de útero –
e a culpa disso, segundo novas descobertas da genética, é dos Homo
sapiens antigos
que inventaram de transar com os neandertais.
Todo
mundo tem um pouco de DNA neandertal por causa do que rolou entre as
duas espécies. E foi justo nessa época que um subtipo do HPV 16 se
espalhou pelo mundo. De acordo com a análise de 118 sequências de
DNA viral, uma equipe internacional de cientistas modelou
estatisticamente como
o HPV foi sofrendo mutações e evoluindo ao longo do tempo.
A
partir desses dados, os geneticistas analisaram a evolução do DNA
humano com a do HPV e descobriram que elas não caminharam juntas: no
máximo, 30% da atual distribuição geográfica do HPV é fruto da
ação exclusiva do Homo
sapiens.
Ou seja, o restante da população atual do vírus também foi
hospedada em outra(s) espécie(s).
De
acordo com os cientistas, pela época e pela linha evolutiva do
vírus, o mais provável é que as linhagens do papilomavírus tenham
se desenvolvido paralelamente em Homo
sapiens e
Homo
sapiens neanderthalensis.
Nossos ancestrais diretos teriam desenvolvido os tipos B, C e D de
HPV 16. Só que o HPV 16 que conhecemos hoje em dia, o que causa
verrugas e câncer, é descendente de uma quarta variante, o HPV 16
A.
A
teoria mais provável é que, quando os humanos saíram do continente
africano, em direção à Europa e à Ásia, tenham encontrado os
neandertais. O clima rolou… E os descendentes dessas relações
foram contaminados com o subtipo HPV 16 A, que evoluiu com os
neandertais e nunca mais desgrudou da gente.
Uma
das evidências que apoia essa hipótese é o fato do HPV 16 moderno
ser raro na África, especialmente na região ao sul do Saara. Já no
resto do mundo, essa variação do vírus é muito comum. Os
cientistas acreditam que, ao saber mais sobre como a genética e o
HPV se relacionam, podem entender melhor porque algumas pessoas não
tem problemas sérios com o vírus, enquanto em outras a infecção
leva ao câncer.
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