Anatomia cerebral na aprendizagem de uma nova língua

Aprender uma segunda língua é difícil? Pode ser culpa da anatomia do seu cérebro




O formato cerebral pode definir se você terá mais facilidade com um novo idioma, mostra essa pesquisa realizada no Canadá

Cada partezinha do cérebro o faz desempenhar habilidades específicas; e essas habilidades mudam de pessoa para pessoa. Uma condição anatômica, que pode influenciar até na hora de aprender um novo idioma.
Segundo pesquisadores da Universidade de McGill, no Canadá, a anatomia cerebral pode definir se você terá mais facilidade ao falar, ou mais tranquilidade ao ler e entender um idioma diferente.
Durante três meses, 15 adultos falantes de inglês foram submetidos a um curso intensivo para aprender francês. Antes e depois das aulas, os avaliados tiveram os cérebros mapeados por meio de ressonância magnética, assim como demonstraram o quão fluente estavam no novo idioma, também antes e após o curso.
Com o escaneamento, os cientistas analisaram duas regiões do cérebro. Primeiro, a parte responsável pela fluência ao falar. Depois, a área cerebral que utilizamos na hora de falar e pronunciar palavras. Cada uma dessas partes foi estudada para saber o quanto elas interagiam fisicamente com outros cantos do cérebro humano.
Voilà! Ao fim do curso, aqueles que possuíam interação física mais intensa da região responsável pela fala, conseguiram pronunciar palavras em francês sem errar. Já quem possuía a área cerebral mais ativa para a leitura foi capaz de ler o novo idioma com mais agilidade.

Segundo os professores Xiaoqian Chai e Denise Klein, que encabeçaram o estudo, esses fatores explicam a facilidade (ou dificuldade) que estudantes costumam ter na hora de dominar um novo idioma. Mas, embora anatomia seja uma justificativa boa, eles também alertam que o "cérebro aprende com a experiência", portanto o jeito é não deixar de estudar.

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