Apolo 11, sucesso devido à Tecnologia.
Conheça a programadora que tornou a ida da humanidade à Lua possível
O código que Margaret Hamilton escreveu pode ter salvado a missão Apollo 11
MARGARET, SENDO INCRÍVEL NO MÓDULO DE COMANDO DA APOLO 11 |
No
último dia 20 de julho, celebramos os 46 anos do pouso do homem na
Lua. Todos sabem que Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar no
satélite, seguido por Buzz Aldrin. Mas queremos celebrar alguém
crucial para a missão fora os intrépidos astronautas: a
programadora Margaret Hamilton.
Obviamente,
a missão Apollo 11 foi uma grande conquista da engenharia - mas ela
também foi um feito imenso em termos de software. Os astronautas
usaram um computador chamado Apollo
Guidance Computer, tanto no módulo de comando quanto no módulo
lunar, para navegar e controlar a nave. E, claro, alguém precisou
programar isso.
O
software foi escrito por uma equipe do MIT, do Laboratório de
Instrumentação (atualmente chamado de Laboratório Draper) - e a
equipe foi liderada pela programadora Margaret Hamilton. A foto aqui
abaixo é de Margaret ao lado do seu pequeno código:
Como
você pode imaginar, nos anos 1960, escrever códigos era bastante
trabalhoso. O computador usava algo chamado de 'memória de corda' -
fios eram trançados através de furos em uma placa de metal de uma
forma determinada para armazenar códigos binários. Se o fio passava
por dentro de um furo, representava um. Se o furo ficava vazio, a
representação era zero. Os programas eram basicamente tecidos a mão
em fábricas - por isso esse tipo de armazenamento ficou conhecido
como 'LOL memory' (nesse caso LOL não significava
'rindo alto' e sim 'little old lady' e sim 'velhinha').
Voltando
à missão Apollo - o código de Hamilton pode ter salvado toda a
expedição. Um dos radares responsáveis por ajudar o módulo lunar
a voltar para o módulo de comando e o sistema de guia do próprio
módulo usavam fontes de energia incompatíveis. O radar, que não
tinha muita utilidade na parte da missão relativa ao pouso, começou
a mandar para o computador um monte de dados baseados em sinais
elétricos aleatórios. Isso fez com que o computador quase ficasse
sobrecarregado, sem capacidade de processar as tarefas necessárias
para o pouso. Quase.
MARGARET HAMILTON E SEUS CÓDIGOS. |
Mas
Hamilton era poderosíssima. Ela antecipou o problema e fez com que o
sistema operacional da Apollo suportasse essa sobrecarga. E, por
conta do código, quando o problema começou a acontecer, o
computador deixava de realizar tarefas de baixa prioridade para
suportar a quantidade de dados do radar. Se esse software não
tivesse funcionado, o pouso na Lua não teria acontecido há 46
anos.
Mas
não ache que, no tempo da Apollo, as mulheres eram mais respeitadas
no campo da tecnologia. Os
homens consideravam o software uma parte menos importante da
computação do que o hardware - por isso as mulheres acabavam
programando. E a luta das moças para entrar nesse campo com mais
protagonismo continua.
Hamilton,
hoje, é uma velhinha incrível de 78 anos que dirige a companhia que
ela mesma fundou em 1986, a Hamilton Technologies. Ela viu a
engenharia de software (um termo que ela criou, aliás) se
transformar de um trabalho sem muito destaque na computação em uma
profissão cheia de prestígio. "Quando eu falava de engenharia
de software, o pessoal dava risada, achava divertido. Mas o software
eventualmente ganhou respeito".
Continue
sendo maravilhosa, Margaret. Parabéns pelos 46 anos da missão
Apollo 11.
COLABORADOR:
AGNALDO CURVELLO GALDINO
Técnico
em Informática: Formando do Colégio Estadual
Buarque de Nazareth, Itaperuna-RJ.
Formado
em CABEAMENTOS E REDES: Formado pelo CETEP-Itaperuna-RJ
Formado
em Montagem e Manutenção em micros: Formado
pelo CETEP-Itaperuna-RJ
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