Energia Nuclear X Aedes Aegypti
Cientistas usam energia nuclear para combater o mosquito Aedes em PE
Com
a ajuda da energia nuclear, cientistas do Centro de Pesquisas Aggeu
Magalhães, da Fiocruz em Pernambuco e da UFPE (Universidade Federal
de Pernambuco) estão esterilizando mosquitos machos do Aedes
aegypti.
Esses insetos são responsáveis pela transmissão de três doenças:
dengue,
chikungunya
e do vírus
da zika.
O
objetivo da nova estratégia, ainda em fase de testes, é diminuir a
população desses mosquitos. Ao todo, 36 mil insetos estéreis foram
soltos, na vila da Praia da Conceição, em Fernando de Noronha (PE).
Produzidos
no insetário da Fiocruz-PE, os mosquitos são submetidos à radiação
gama, cuja fonte radioativa é o Cobalto 60, quando ainda estão na
fase de pupa (última etapa antes da fase adulta ou alada).
Segundo
a professora do departamento de energia nuclear da UFPE Edvane
Borges, 48 segundos são suficientes para tornar os machos inférteis.
"Mas sem comprometer outros aspectos importantes para a sua
sobrevivência, como a longevidade e o desempenho no acasalamento.
Como a fêmea do mosquito fica disponível para acasalar apenas uma
vez ao longo de toda a vida, o cruzamento com machos estéreis impede
a reprodução", afirmou a pesquisadora.
A
pesquisa vem sendo desenvolvida em laboratórios desde 2013. Durante
esse período, os cientistas contabilizaram uma redução de 70% na
densidade populacional do Aedes aegypti. Desde dezembro do ano
passado, os pesquisadores começaram a testar a nova estratégia em
ambiente selvagem.
"É
um ambiente relativamente isolado, onde tem apenas 25 casas, o que
nos dá mais condições de controlar a pesquisa", disse Edvane.
Nos próximos cinco meses, cerca de 60 mil mosquitos inférteis serão
soltos na ilha.
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