Ártico com recorde de gelo no inverno, isso é ruim.
Ártico tem mínima recorde de gelo no inverno — e isso é ruim
Imagem da NASA mostra a menor extensão de gelo já registrada no inverno do ÁRTICO, em março de 2016. |
O
manto de gelo no mar do Ártico atingiu o seu limite máximo para o
ano no dia 24 de março — 14,52 milhões de quilômetros quadrados.
Achou muito? Pois essa é a menor cobertura já registrada por
satélite, em quatro décadas, para o período de inverno na região.
A
informação é do Centro Nacional de Neve e Gelo da Universidade do
Colorado (NSIDC) e da NASA.
Esse novo recorde superou a mínima histórica do inverno passado, de
14,54 milhões de quilômetros quadrados, e isso não é nada bom.
O
declínio do gelo do mar tem acelerado nas duas últimas décadas, e
está associado ao clima
mais
quente na região, que é afetado tanto pelas
mudanças
climáticas quanto
por variabilidades temporais de curto prazo.
"O
Ártico está em crise. Ano após ano, ele entra em um novo estado, e
é difícil ver que efeito isso pode ter sobre o hemisfério norte ao
longo do tempo", disse Ted Scambos, cientista-chefe do NSIDC, em
comunicado.
Para
se ter uma ideia da intensidade das mudanças, as 13 menores
extensões máximas já registradas por satélites ocorreram nos
últimos 13 anos.
Esta
curta animação abaixo mostra o ciclo de congelamento no mar do
Ártico a partir da extensão mínima do último verão até o dia 24
de março, quando a superfície gelada atingiu sua máxima extensão
para o inverno:
Segundo
a NASA, o nova mínima histórica para o inverno resulta, em parte,
das temperaturas recordes de dezembro, janeiro e fevereiro em todo o
mundo e também no Ártico.
“O
calor atmosférico contribuiu para isso, com temperaturas do ar até
10 graus acima da média em algumas partes do Ártico”, disse Walt
Meier, cientista marinho da NASA.
"Mas
os padrões de vento na região durante os meses de janeiro e
fevereiro também foram desfavoráveis, eles trouxeram ar quente e
impediram a expansão da cobertura de gelo", acrescentou.
Contudo,
alerta o cientista, o que provavelmente irá desempenhar um papel
maior na evolução futura das extensões máximas do Ártico é o
aquecimento das águas do oceano.
A
extensão do gelo do mar do Ártico desempenha um papel crítico no
sistema climático do Planeta. Fisicamente, sua superfície branca
reflete até 80 por cento da luz solar recebida durante os longos
dias de verão no hemisfério norte, exercendo uma influência de
resfriamento sobre o clima.
Além
disso, os ursos polares, morsas, baleias e outros animais dependem do
gelo marinho para sobreviver.
Menos
gelo também significa mais transporte pelo Ártico e exploração
(principalmente de petróleo), com grandes implicações para a
economia mundial e a segurança climática.
Estes 8 lugares podem sumir do mapa com a alta dos oceanos
Ilhas Maldivas
Um
micro país no meio do Oceano Índico é uma vítima fácil para o
aumento do nível do mar. No último século, as água já subiram 20
centímetros em algumas partes do país. De acordo com o levantamento
da Ong Co+Life, uma elevação brusca poderia varrer do mapa esse
paraíso de praias de areia branquinha, palmeiras e atóis de corais.
Temendo o pior, o governo local já estuda comprar um novo território
para o seu povo.
Ilhas Salomão, no Pacífico
Pequeno
país insular localizado a leste da Papua-Nova Guiné, no Oceano
Pacífico, as pacatas Ilhas Salomão ganharam o noticiário mundial
em fevereiro de 2013, após serem atingidas por um tsunami que matou
cinco pessoas. Embora possa parecer pontual, a tragédia é a face
mais radical de um drama vivido diariamente pela população local,
formada por pouco de mais de 500 mil habitantes. Comunidades inteiras
estão se realocando para evitar catástrofes a medida que a maré
sobe. As ilhas com altitudes mais baixas são as mais atingidas.
Ilhas Marshall
Se
nos dias de maré alta, a população das Ilhas Marshall já sofre
com os danos da invasão da água salgada, uma alta brusca de quase
um metro até o fim do século é uma sentença de morte para a
região. O mar já cobriu parte do território e está erodindo a
costa, enquanto secas e cheias castigam ainda mais o arquipélago,
formado por 29 atóis e ilhas de corais entre a Austrália e o Havaí.
Kiribati
Outro
pequeno país insular que pode estar com os dias contados é
Kiribati, um arquipélago formado por 32 atóis no Oceano Pacífico.
Com o aumento do nível do mar circundante, o presidente de Kiribati,
Anote Tong, prevê que seu país provavelmente se tornará inabitável
dentro de 30 a 60 anos. Ele está atrás de um novo lar para os 100
mil habitantes da região, que tem sofrido com a invasão de água
salgada que prejudica a agricultura local. Durante discurso na COP
21, em Paris, Tong agradeceu publicamente a nação de Fiji por ter
concordado em receber o seu povo se o pior acontecer.
Tuvalu
Na
arena internacional, o pequeno conjunto de nove ilhas localizado no
oceano pacífico, entre a Austrália e o Havaí, é um dos que mais
trabalha para se fazer ouvir em meio aos interesses de grandes nações
nas negociações climáticas. Com área de 26 km², o minúsculo
Estado corre o risco de submergir diante do aumento do nível do mar.
Nos últimos anos, as inundações constantes já vêm atrapalhando a
produção de cultivos locais e a obtenção de água potável.
Seicheles
Nação
insular localizada no Oceano Índico, as Seicheles são constituídas
por vários arquipélagos localizados a noroeste de Madagáscar. Com
uma população de 87 mil habitantes, foi uma das primeiras nações
a ligar o alarme global sobre o impacto das alterações climáticas
e da consequente ameaça da elevação do mar para pequenos países
insulares.
Delta do Mekong
Densamente
povoado, a região do Delta do Mekong, uma das mais férteis do
Vietnã, pode tornar-se vítima das mudanças climáticas. Um aumento
do nível do mar inundaria rapidamente as fazendas de camarões, os
vilarejos e os cultivos agrícolas, que garantem trabalho e sustento
para os moradores locais. Segundo previsões mais pessimistas, até
2100, o mar engolirá 5% do território e 7% das terras agrícolas.
Delta do Ganges, Bangladesh
Bangladesh
é um país com poucas elevações acima do nível do mar, com
grandes rios em todo seu território situado ao sul da Ásia. A
estimativa é que 120 milhões de pessoas que vivem no delta do
Ganges estão ameaçadas pela elevação do nível do mar. Os
desastres naturais como inundações, ciclones tropicais, tornados e
marés em rios são normais em Bangladesh todos os anos.
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