Galo vive 18 meses sem cabeça
Conheça a história de Mike, o galo que viveu 18 meses sem cabeça
Ave foi decapitada há 70 anos e acabou sobrevivendo
Mike foi atração de uma turnê nos Estados Unidos. |
No
dia 10 de setembro de 1945, Lloyd Olsen e sua esposa, Clara, estavam
decapitando galos e galinhas em sua fazenda no Colorado, nos Estados
Unidos, quando algo curioso aconteceu: uma das aves não morreu como
as outras.
“Uma
das aves ainda estava viva, andando para lá e para cá”,
conta Troy Waters, bisneto do casal de fazendeiros.
A
notícia sobre
o
galo sem cabeça foi
se espalhando pela região e a história de “Mike
Milagroso”,
nome dado ao animal, foi parar no jornal local. Duas semanas após a
publicação, um agente de atrações circenses apareceu na fazenda
da família, sugerindo que o casal e o galo fizessem uma turnê pelos
Estados Unidos.
Os
Olsen toparam a proposta e, antes de começarem a turnê, foram para
Salt Lake City, no estado de Utah. Na cidade, os pesquisadores da
Universidade de Utah fizeram vários exames com Mike e, inclusive,
removeram as cabeças de várias galinhas e galos para averiguar se
elas conseguiriam sobreviver. O experimento não obteve sucesso.
A
família conseguiu viajar bastante e ganhar o suficiente para viver
confortavelmente por mais alguns anos. Mike viveu até 1947, quando
morreu engasgado.
Como
Mike sobreviveu? Essa
é uma questão colocada em pauta desde que Mike ficou conhecido na
década de 40.
De
acordo com Tom Smulders, do Centro de Comportamento e Evolução da
Universidade de Newcastle, na Austrália, o curioso é o galo não
ter sangrado até a morte. Para um humano, perder a cabeça quer
dizer perder o cérebro. Para um galo, a questão é diferente. “As
pessoas ficariam surpresas com a pouca quantidade de cérebro
localizada na parte frontal da cabeça desse tipo de ave”, diz
Smulders. O
especialista acredita que pelo menos 80% da massa do cérebro
permaneceu no corpo.
Quando
um galo é decapitado, o cérebro fica desconectado do resto do
corpo, mas por um curto período de tempo, os circuitos das cordas
epidurais ainda têm um restante de oxigênio. “Os neurônios ficam
ativos e as pernas começam a se mover”, explica Smulders. “O
galo realmente ficaria vivo por um tempo, mas por uns 15 minutos, não
18 meses.”
Durante
a vida, Mike era alimentado com comidas líquidas e água. Os Olsens
usavam um conta-gotas e pingavam direto no esôfago do galo. O casal
também retirava o muco da garganta da ave com uma seringa.
Matéria
através do seguinte link:
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/09/conheca-historia-de-mike-o-galo-que-viveu-18-meses-sem-cabeca.html
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