O cochilo e a melhora na produtividade econômica
Cochilar
melhora a produtividade econômica?
Pela primeira vez, pesquisadores começam a estudar o assunto mais a fundo
Sempre
bate aquela preguicinha ao voltar para o trabalho após o almoço. A
ciência explica: estudos
mostram que
a nossa energia começa a diminuir por volta de sete horas depois de
termos acordado, momento do dia que coincide justamente com a volta
do almoço.
Aqui
no Brasil costumamos
tomar um cafezinho e dar continuidade com as tarefas do dia.
Já a Espanha lida com isso de forma diferente. O país é conhecido
justamente por suas sestas,
período de três horas de duração que engloba o almoço e o
descanso dos trabalhadores.
Isso
significa que,
enquanto
em outros países os trabalhadores têm expedientes que vão das 9h
às 18h, os espanhois entram no trabalho às 9h e saem por volta das
20h.
A eficácia desse esquema tem sido colocada em cheque há um tempo.
Estudos mostram que os alemães, por exemplo, trabalham menos, porém
são mais produtivos que os espanhois. Por conta disso, o
chefe do governo da Espanha, Mariano Rajoy, quer acabar com a tão
querida sesta.
Há
muito o que ser considerado no que diz respeito a essa decisão. O
estudo "Time
Use and Productivity: The Wage Returns to Sleep",
realizado pelos economistas Matthew Gibson e Jeffrey Shrader, é um
dos primeiros a considerar a relação
entre o sono e a produtividade econômica.
A dupla não estuda especificamente as sestas ou cochilos, e sim
os benefícios
de mais horas dormidas por semana.
Gibson
e Shrader observaram que uma
boa noite de sono tem sim relação com a produtividade dos
trabalhadores.
Quando dormem pelo menos uma hora a mais por semana, eles trabalham
melhor e mais,
sendo mais propensos a serem bem-sucedidos e receberem aumentos.
Considerando
essa lógica e outros estudos, como um
realizado por pesquisadores da Universidade Flinders,
na Austrália, talvez
o problema não seja a sesta propriamente dita, mas a duração dela.
Na pesquisa em questão, os cientistas afirmam que cada soneca tem
efeitos diferentes dependendo de sua duração. Um
cochilo de trinta minutos, por exemplo, é o ideal para a
produtividade,
pois o cérebro não avança para estágios mais demorados do sono.
Já uma soneca com duração de 45 a 90 minutos permite que o cérebro
entre em um modo de ondas lentas, causando preguiça ao acordar. Um
cochilo com maior duração já é o suficiente para entrar no sono
REM, quando sonhos ocorrem - e para te fazer acordar desnorteado e
meio cansado.
Ainda
assim, os economistas apostam no sono da noite. "O
sono noturno é bem melhor do que os cochilos",
disse Jeffrey Shrader ao Science
of Us. Mas
um cochilo ia bem, não?
Comentários
Postar um comentário
È necessário evitarmos frases que contenham palavras de baixo calão,ofensas,xingamentos,racismo e/ou qualquer insinuação de apologia a drogas ou crimes.