Relógio para prever a data da morte, vai encarar?
Cientistas criam relógio para prever data da morte
Algoritmo
estima quanto você vai viver
E
se fosse possível saber sobre sua morte, você toparia pagar
para ver as datas na lápide? Pesquisadores da Universidade de East
Anglia, no Reino Unido, estão lançando um estudo que pode tornar
esse pesadelo mais real, além de revolucionar a indústria de
seguros. Em quatro anos de pesquisa, eles desenvolveram um algoritmo
capaz de determinar a expectativa de vida e prever doenças crônicas
e seus tratamentos.
A
lógica desse relógio da morte é simples: juntaram as informações
sobre como vivemos com big
data para
saber quando os ponteiros vão parar. Os cientistas estão
interessados em fatores que afetam a longevidade, como condições de
saúde, escolhas de vida, carga de trabalho e condições médicas.
Mais
que matar a curiosidade de conhecer o próprio prazo de validade e
planejar o que fazer com o resto dos dias, o estudo está sendo visto
como uma importante ferramenta para as seguradoras avaliarem os
clientes e ampliarem os tipos e especificidades de serviços que
podem oferecer. Mas, veja bem, não quer dizer que você vai saber o
dia e a hora exata da sua própria morte, mas que o conjunto de
informações reunidas por big
data serão
capazes de estimar sua longevidade para adequar o seguro de vida, por
exemplo. Inclusive, um grupo de especialistas da gigante de seguros
Aviva auxiliou os pesquisadores das áreas médicas e de ciências da
computação a desenvolver o algoritmo.
Se
o cronômetro da expectativa de vida representa mais lucro para as
empresas de seguros, pode servir também para que as autoridades
melhorem a gestão dos fundos de pensão. E, claro, a qualidade da
saúde pública. A equipe responsável pelo estudo acredita que, com
a estimativa do obituário em mãos, os médicos serão capazes
diagnosticar e aconselhar seus pacientes de maneira mais precisa.
"As
pessoas ao redor do mundo estão vivendo mais. Queremos identificar
os fatores chaves para a mortalidade e desenvolver softwares com
informações fornecidas por profissionais da saúde para dar
melhores previsões de longevidade", afirma a professora
responsável pela pesquisa, Elena Kulinskaya. É a big
data adiantando
os detalhes do nosso cortejo fúnebre.
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