Super radar com visão de RAIO-X
Visão de raio-x vai ser possível com super radar britânico
Mais
segura que radares e sonares, tecnologia também mapeia ambientes
subterrâneos
Um
super radar, que enxerga através de paredes e é quase impossível
de enganar. É o que está desenvolvendo o Ministério de Defesa do
Reino Unido, que apresentou a nova tecnologia no documentário
"Projeto Greenglow - a jornada pelo controle da gravidade", da
BBC.
O
sensor gera mapas 3D de um ambiente e consegue detectar movimento e
objetos mesmo através de grandes obstáculos. Assim, ele pode tanto
delinear o que está atrás de uma parede quanto o que está abaixo
do nível do solo, mapeando cavernas ou túneis por exemplo.
A
grande novidade dessa tecnologia é que ela utiliza a gravidade para
detectar as características do ambiente ao redor. Um radar
tradicional, por exemplo, funciona emitindo ondas eletromagnéticas.
Se essas ondas passam por um objeto, são refletidas de volta e é
assim que o equipamento sabe que há algo ali. Já o novo
dispositivo funciona de um jeito diferente. Ele é capaz de captar
variações minúsculas na gravidade no local que está sendo sondado
- tão minúsculas que ele é chamado de detector quântico de
gravidade - é assim que ele desenha os mapas.
O
aparelho usa lasers para congelar átomos em uma certa área. Todos
os objetos que têm massa ao redor desses átomos exercem algum tipo
de atração gravitacional e o novo sensor consegue percebê-la.
Átomos
normais estão em movimento constante. Quando eles recebem energia,
os elétrons ao redor do núcleo do átomo ficam
excitados e mudam de camada.
Se o laser emitir um pouco menos de energia do que o necessário para
excitar o elétron, o átomo completa o que falta com energia
térmica. Mas com isso, ele perde energia - fica mais frio - e seu
movimento vai desacelerando. Assim, o radar consegue isolar os
micro movimentos que são causados pela atração gravitacional.
Analisando
as características desses micro movimentos, o radar calcula a posição
e a densidade dos objetos que estão ao redor dos átomos que ele
congelou.
Quando
estiver aperfeiçoada, os cientistas do Laboratório de Ciência e
Tecnologia de Defesa acreditam que a tecnologia vai permitir que se
mapeie um quarto do lado de fora de um prédio, por exemplo.
Além
dos usos militares, os cientistas acreditam que há aplicações mais
rotineiras para a nova tecnologia, como por exemplo a construção
civil. Segundo Neil Stansfield, chefe do projeto,comentou
ao jornal Telegraph,
cerca de metade das obras em rodovias têm problemas porque os
trabalhadores não conseguem identificar onde as tubulações estão
enterradas. Quando o sensor se popularizar, vai ser possível
planejar as obras mapeando exatamente onde elas ficam, sem ter que
cavar.
Stanfield
comentou também que até cinco anos atrás, não se imaginava que
esse tipo de tecnologia avançaria nas próximas duas décadas,
mas que muito antes disso ela já estará sendo posta em prática.
Comentários
Postar um comentário
È necessário evitarmos frases que contenham palavras de baixo calão,ofensas,xingamentos,racismo e/ou qualquer insinuação de apologia a drogas ou crimes.