ALHAMBRA




Localização: Alhambra situa-se na cidade de Granada, sul da Espanha.
Finalidade: Era o palácio real e o centro de alistamento militar.

Dinastia: Nasrida, de 1930 a 1492. 









ALHAMBRA

Umas das mais belas construções árabes que se pode encontrar no mundo, o palácio-fortaleza de Alhambra, na Espanha, é um lugar paradisíaco. Cada canto, por menor que seja, é minuciosamente decorado. Um cenário digno de mil e uma noites.

Todo adjetivo é pouco para expressar a magnitude de Alhambra, situado na cidade de Granada, ao sul da Espanha. O conjunto de edificações ocupado por sucessivos califas por mais de 250 anos (1231 a 1492) é a herança mais valiosa da civilização muçulmana na Península Ibérica, Palácio e fortaleza, Alhambra era uma verdadeira cidade real localizada, estrategicamente, na região montanhosa mais alta da cidade. Sua solidez exterior constata como o belo conjunto de jardins e fontes. A preocupação de decorar os espaços foi levada ao extremo pelos califas que ali reinaram. Cada coluna, cada fachada, cada canto foi recoberto de detalhes em filigrams e azulejos e exuberantes inscrições em árabe.
Um pouco mais de História desta maravilha

A maior parte do complexo foi construído, principalmente, entre 1248 e 1354, nos reinados de Maomé I e dos seus sucessores; a Alhambra é um reflexo da cultura dos últimos anos do reino nasrida, sendo um local onde os artistas e intelectuais procuravam refúgio no decurso das vitórias cristãs por todo o al-Andalus. Mistura elementos naturais com outros feitos pela mão do homem, sendo um testemunho da habilidade dos artesãos muçulmanos da época.
A primeira referência ao Qal’at al Hamra surge durante as batalhas entre árabes e muladis ocorridas no reinado de Abdalá I de Córdova (888-912). Num confronto particularmente feroz e sangrento, os muladies derrotaram completamente os árabes, os quais foram, então, forçados a refugiar-se num primitivo castelo vermelho na província de Elvira, presentemente localizado em Granada. De acordo com documentos da época que sobreviveram até aos nossos dias, esse castelo era bastante pequeno e as suas muralhas eram incapazes de deter um exército que desejasse conquistá-lo. O castelo foi amplamente ignorado até aoséculo XI, quando as suas ruínas foram renovadas e reconstruídas por Samuel ibn Naghralla, vizir do Rei Badis ibn Mansur da Dinastia Zirida, numa tentativa de preservar a pequena comunidade judia também localizada na Colina de La Sabika. No entanto, evidências presentes em textos árabes indicam que a fortaleza foi facilmente penetrada e que a Alhambra que sobrevive até à atualidade foi construída durante aDinastia Nasrida.

Maomé I, chamado Al-Hamar (o vermelho) por ter a barba ruiva, o fundador da Dinastia Nasrida, foi forçado a fugir para Jaén de forma a evitar a perseguição de Fernando III de Castela e dos seus apoiantes durante a tentativa de libertar a Espanha do domínio mouro. Em 1238, ibn al-Ahmar entra em Granada pela Puerta de Elvira, tendo instalado residência no Palacio del Gallo del Viento, o palácio de Badis. Poucos meses depois, lançou-se na construção duma nova Alhambra preparada para a residência dum rei. De acordo com um manuscrito árabe publicado como o Anónimo de Granada y Copenhague, "Este ano 1238 Abdallah ibn al-Ahmar escalou ao lugar chamado "a Alhambra" inspecionou-o, definiu a fundação dum castelo e deixou alguns encarregados para a sua construção (…)". O desenho incluía planos para seis palácios, cinco dos quais agrupados no quadrante nordeste formando um quarteirão real, duas torres circulares e numerosos banhos. Durante o domínio da Dinastia Nasrida, a Alhambra foi transformada numa cidade palaciana, completada com um sistema de irrigação composto por canais para os jardins da Generalife, uma villa localizada no exterior da fortaleza. Previamente, a velha estrutura da Alhambra estava dependente da água da chuva recolhida para uma cisterna e daquela que podia ser trazida do Albaicín. A criação do Canal do Sultão solidificou a identidade da Alhambra como uma cidade-palácio, em vez duma estrutura defensiva e ascética.
O estilo granadino na Alhambra é o culminar da arte andaluza, o que ocorreu em meados do século XIV durante os reinados de Yusuf I (1333-1354) e Maomé V (1354-1391). Os esplêndidos arabescos do interior estão relacionados, entre outros monarcas, com Yusef I (ou Iusuf I), Maomé V, Ismail I, etc.
Cenário de fantásticas histórias


O palácio pode ser dividido em dois grandes núcleos: o selamlik, ou Quarto dos Comares, setor público destinado às questões do Estado e aos militares; e o harém, ou Quarto dos Leões, parte privada do palácio, onde vivia a família real. Sua construção teve início no ano de 1231, sob reinado de Mohammed I, e prosperou com seus descendentes, que ali reinaram durante 20 gerações. O último deles, Boabdil, foi derrubado pelos católicos- Fernando e Isabel- em 1492, que se apropriaram do palácio por muito tempo. Escritores e viajantes inspiraram-se no magnífico palácio para criar histórias fantásticas e misteriosas aventuras – princesas raptadas, heroicos cavaleiros e terríveis vilões.

JARDIM REAL
Vizinho a Alhambra se encontra o jardim Generalife, erguido em 1319. O local era usado pelos soberanos com o lugar de descanso.






TRADIÇÕES
Segundo a tradição, a rainha árabe sentava-se no chão para contemplar a cidade. Por isso, as janelas tinham de ser construídas muito baixas.







UM LUGAR MÁGICO
O pátio dos leões foi construído no reinado de Mohammed V. No seu centro está a famosa fonte com 12 leões de gesso.

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