Angkor Wat
Localização:
Cidade de Angkor, no Camboja.
Tamanho do Santuário: 1500 metros X 1300 metros.
Icumenismo: Durante o reinado de Suryavarnam II, o Império Khmer atingiu seu auge, anexando uma série de países vizinhos.
ANGKOR
WAT
Durante
cerca de 400 anos, uma imponente relíquia arquitetônica permaneceu
isolada do resto da humanidade, guardando segredos do passado hindu.
Apenas alguns poucos peregrinos sabiam da existência do santuário
religioso de Angkor Wat.
Não
são todas as pessoas que podem experimentar a sensação de êxtase
da qual desfrutou o explorador francês Henri Mouhot: em 1860, ele
descobriu Angkor Wat, um colossal templo hindu do século XII perdido
na região de Angkor, home pertencente ao Camboja. A construção, de
estrutura piramidal, tem um complexo de terraços, galerias e
pequenos prédios e apresenta como símbolo máximo cinco torres. Os
traços de arquitetura e construção são sublimes, ostentando
pedras trabalhadas como se fossem madeira. Diferentemente de outros
templos, não possui arcos ou abóbadas. Um fosso de 180 metros
circunda todo o tempo.
Angkor
Wat (ou
Angkor
Vat)
é um templo situado 5,5 km a norte da cidade de Siem
Reap,
na província
homônima do
Camboja.
É o maior e mais bem preservado templo dos que integram o
assentamento de Angkor.
É também o único que restou com importante significado religioso –
inicialmente hindu,
e depois budista
-
desde a sua fundação. O templo é o ponto máximo do estilo
clássico da arquitetura Khmer.
É considerado como a maior estrutura religiosa já construída,
e
um dos tesouros arqueológicos mais importantes do mundo. Tornou-se
símbolo do Camboja, aparecendo em sua bandeira e sendo sua principal
atração turística. Em 14
de dezembro de
1992 foi declarado pela UNESCO
Patrimônio
da Humanidade.
Angkor
Wat faz parte do complexo de templos construídos na zona de Angkor,
a antiga capital do Império
khmer durante
a sua época de esplendor, entre os séculos IX e XV. Angkor abrange
uma extensão em torno de 200 km², embora recentes pesquisas estimem
uma extensão de 3 000 km² e uma população de até meio milhão de
habitantes, o que o tornaria o maior assentamento pré-industrial da
humanidade.
Foi
construído pelo rei Suryavarman
II,
no começo do século
XII,
como o seu templo central e capital do seu reino. Desde a sua
construção, e até o translado da sede real ao próximo Bayon,
em finais do mesmo século, Angkor Wat foi o centro político e
religioso do império. O recinto —entre cujos muros se calculou que
viviam 20 000 pessoas
—
cumpria as funções de templo principal e, além disso, abrigava o
palácio
real.
Dedicado inicialmente ao deus Vixnu,
o
templo combina a tipologia hinduísta
do
templo-monte —representando o Monte
Meru,
morada dos deuses— com a tipologia de galerias própria de períodos
posteriores. O templo consta de três recintos retangulares
concêntricos de altura crescente, rodeados por um lago perimetral de
3,6 km de comprimento e de uma largura de 200 m. No recinto interior
erguem-se cinco torres em forma de loto,
atingindo a torre central uma altura de 42 m sobre o santuário,e 65
m sobre o nível do solo.
A
palavra Angkor
vêm
do cambojano,
Nokor,
e pela sua vez da voz sânscrito
Nagara
que
significa "capital", enquanto a palavra Wat
é
de origem khmer
e
traduz-se como "templo". O nome de Angkor Wat é em todo
caso posterior à sua criação, pois originalmente recebeu o nome de
Preah
Pisnulok;
nome póstumo do seu fundador Suryavarman
II.
História
Angkor
Wat é o expoente máximo da arquitetura do Império
khmer,
cujos primeiros templos remontam ao século
VI.
O
promotor deste gigantesco monte-templo
foi
Suryavarman
II,
que reinou de 1113
até
1150
d.C.
Suryavarman II alcançou o poder após assassinar o então rei
Dharanindravarman, saltando sobre ele enquanto o monarca passeava no
seu elefante, pelo qual alguns historiadores opinam que as colossais
dimensões deste templo estão motivadas em parte pelo desejo de
contra-arrestar a aparente ilegitimidade do seu reinado.
Segundo
conta a lenda, o rei quis situar o templo num local do agrado dos
deuses, pelo qual soltou um boi na planície e resolveu construir o
templo onde o animal tombasse.
Seja
certa a lenda ou não, Suryavarman II estabeleceu o templo junto à
antiga cidade de Yashodharapura
(que
em sânscrito
significa
"cidade sagra"),
situada
a escassos quilômetros da atual cidade de Siem
Reap,
e assim como os seus predecessores, dispôs o palácio dentro do
recinto murado do complexo. Os trabalhos no templo foram
interrompidos pela morte do rei e não foram continuados, de modo que
a construção do complexo durou unicamente 37 anos.
Em
1177
Angkor
foi saqueada pelo Cham,
um situados no atual Vietnã
e
inimigo tradicional dos Khmer. Poucos anos depois, com o advento do
rei Jayavarman
VII os
invasores foram expulsos e as fronteiras do império ampliadas. Este
importante rei, cujo reinado se estendeu de 1181 a 1220 d.C.,
abandonou
o hinduísmo e converteu-se ao budismo do ramo Mahāyāna,
estabelecendo
a nova capital no vizinho Angkor
Thom,
com Bayoncomo
novo templo.
No
fim do século XIII, o rei Jayavarman
VIII retornou
às crenças hinduístas, destruindo parte do legado de Jayavarman
VII e melhorando alguns templos hinduístas, incluído Angkor Wat.
A
Jayavarman VIII foi sucedido por Srindravarman
em
1295: este novo rei, que nos anos anteriores fora ordenado monge
budista em Sri
Lanka,
mudou novamente a religião do império para o budismo, embora
adotando esta vez as crenças do ramoTeravada.
Entre
os séculos XIV
e
XV,
o Império khmer viu chegar do Sri
Lanka os
primeiros monges budistas Teravadas, que transformariam os templos
para a nova religião. O templo de Angkor Wat foi então remodelado
para se adaptar ao culto budistaTeravada,
fatos
que aconteceram pouco antes do abandono final de Angkor.
Apesar
da decadência do império e do abandono dos templos durante os
séculos seguintes, os monges budistas permaneceram em Angkor Wat até
ser redescoberto pelos franceses. Nas galerias do Preah
Poan —uma
galeria cruciforme que serve de entrada para o terceiro recinto do
templo— encontraram-se estátuas de Buda de madeira, pedra e metal.
Algumas destas esculturas foram datadas entre os séculos XVI e
XVIII, o qual confirma que o templo de Angkor, ao contrário de
outros na região, nunca foi abandonado. A aparição de inscrições
em idiomas como o birmano
ou
japonês
permitem
inferir a repercussão do templo para além das fronteiras
cambojanas.
Não
se conhecem com certeza as razões pelas quais Angkor foi abandonada:
uma das mais prováveis foi a decadência do Império
khmer,
nomeadamente por causa das incursões mongóis (1283)[13] e
siamesas (entre 1369 e 1431),[17]que
evidenciaram a excessiva cercania da capital a respeito dos
invasores, pelo qual os governantes puderam determinar a procura de
um sítio mais seguro a sul do lago Tonlé
Sap,
nas zonas próximas às atuais cidades de Phnom
Penh e
Udong.
Além disso, a localização destes novos locais ao delta e ao Mar
da China dotava-os
de uma melhor situação estratégica para o comércio e o
intercâmbio marítimo, tão importante numa região em que o
transporte por terra praticamente ficava interrompido à época das
Monções.
Argumenta-se também a possibilidade de epidemias ou fome (motivadas
talvez pela pequena Idade
do Gelo experimentada
na Idade
Média),
que
obrigaram a monarquia a mudar o seu trono para sul. Em qualquer caso,
Angkor foi abandonada em 1432
e
a nova capital estabelecida em Lovek,
perto da atual Phnom
Penh.
Porém,
Angkor foi novamente habitada na segunda metade do século XVI: em
1550,
o rei Ang Chan (1516–1566) deslocou-se para Angkor Thom, embora
mantivesse a capital em Lovek, e em 1576, o rei Satha transladou
novamente a corte para Angkor.
Como
consequência, diversas tarefas de restauração foram realizadas em
Angkor Wat, as quais ficam constadas numa inscrição de 1577.
Contudo,
esta nova ocupação de Angkor durou pouco, em 1594 os siameses
conquistaram o débil império cambojano, e Angkor foi abandonada
definitivamente.
DANÇA E RELIGIÃO
Os relevos de Angkor Wat retratam inúmeras temáticas. Entre elas, dançarinas se exibindo, misturando o profano e o sagrado.
ORGULHO NACIONAL
A semelhança entre o desenho na bandeira do Camboja e o Angkor Wat não é gratuita: o templo virou um símbolo do país.
GUERREIROS
As epopéias hindus são retratadas em todos os cantos de Angkor Wat, desde os relevos em pedra até apresentações de grupos.
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