Futuras Nações ZUMBIS? Será?
Cientistas vão tentar reverter a morte
Pacientes
com morte cerebral serão tratados na esperança da ressurreição
A
Bioquark, uma empresa de biotecnologia, acaba de ganharautorização
do National
Insitutes of Health,
para um estudo controverso. Eles vão tentar recuperar 20 pacientes
com morte cerebral. Ou,
simplesmente, morte: desde o desenvolvimento de técnicas para
ressurreição cardiorrespiratória, morte cerebral é o critério
pelo qual decidimos que não há mais nada a se fazer exceto desligar
os aparelhos - isto é, a morte final, real.
O NIH é
um laboratório e agência governamental americana, e o sinal verde
indica que eles consideram a pesquisa ética. O que os cientistas vão
fazer é manter os pacientes biologicamente ativos com máquinas,
para evitar que o cérebro e o resto se decomponham. Então receberão
injeções de neurotransmissores e a aplicação processos físicos
de reativação neural, que funcionam em pacientes em coma. E, o
ponto principal da pesquisa, receberão também implantes de
células-tronco no cérebro, para tentar reconstruir o dano que
causou a morte em primeiro lugar.
Os
cientistas irão monitorar a atividade cerebral constantemente,
esperando por algum sinal de vida. Eles vão dar particular atenção
para a medula espinhal superior, a parte mais baixa do tronco
cerebral, que controla as funções respiratória e cardíaca.
Tecnicamente, se um paciente pode respirar e seu coração bate sem a
ajuda de máquinas, ele não está em morte cerebral, mas em coma.
Isto é, já seria uma ressurreição, ainda que bem insatisfatória.
"Isto
representa a primeira tentativa do tipo e mais um passo na direção
da eventual reversão da morte em nossa geração", afirma Ira
Pastor, CEO da Bioquark, em entrevista ao The Guardian. "Esperamos
ver resultados nos primeiros três meses."
Estou
me coçando aqui para não fazer piadas com zumbis ou Frankenstein,
mas o experimento é potencialmente revolucionário e não tão
controverso assim. Afinal de contas, morte não é algo fácil de
definir. A própria ideia de morte cerebral substitui o conceito
milenar de morte cardíaca quando essa se tornou reversível. Se a
experiência der certo, teremos que criar uma nova ideia de morte. No
final das contas, morte é simplesmente a hora em que desistimos.
(Exceto,
é claro, se o resultado for uma invasão zumbi. Sério, o nome da
iniciativa é ReAnima.
Não deixa de ser uma revolução, já que a invasão zumbi muda toda
a ordem social e... tá, não resisti.)
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