Há música certa para cada situação na vida
Qual a música certa para cada situação na vida? A ciência responde
Existe
um tipo ideal de música para ajudar nos seus estudos, esportes e até
na saúde mental.
O
seu gosto musical e seu cérebro estão extremamente interligados. Se
você é mais emotivo, por exemplo, tende a gostar de músicas mais
calmas, enquanto pessoas mais analíticas curtem um som mais pesado.
Mas será que existem tipos de música específicos que ajudam a
realizar tarefas do dia a dia? Várias pesquisas indicam que sim.
Rock
para mandar bem na prova
Um
estudo
apresentado nesse ano por pesquisadoras da Academia de Ciência
de Iowa testou como diferentes gêneros musicais afetavam o
desempenho de estudantes nas provas. Cada um dos 22 voluntários
passou por seis exames enquanto ouviam tipos diferentes de canções.
As
cientistas notaram que o estilo musical afetava duas características
da prova: a precisão e o tempo. Os estudantes tiraram as maiores
notas ao ouvir rock ou jazz, acertando até 89% do teste. Mas, quando
ouviram esse tipo de música, eles também demoraram mais tempo para
concluir o exame.
As
provas terminavam mais rápido quando os participantes escutavam pop
e dubstep (um tipo de música eletrônica), mas as notas também
abaixaram ao ouvir esses gêneros. Os resultados concordam com
estudos anteriores, que afirmar que estilos como o pop são muito
úteis para aumentar sua motivação em tarefas repetitivas, como?
Pop
e eletrônica para suar na esteira
Correr
na esteira é chato, entediante e cansativo, mas todo mundo sabe que
o exercício é necessário. E a música pop pode ser o empurrãozinho
necessário. Um estudo com jovens e adolescentes obesos mostrou que
o uso da música como distração fez com que os participantes
corressem
por muito mais tempo.
Algumas
pesquisas sugerem que, normalmente, preferimos ritmos com 120 batidas
por minuto (bpm) - é nesse ritmo que, instintivamente, andamos
ou batemos os dedos na mesa. Já na esteira, a preferência é
por músicas que vão de 160 bpm a 180 bpm - nós sincronizamos a
passada com o ritmo e isso nos faz correr mais rápido e por mais
tempo. Assim, rock, pop e hip hop com
uma batida acelerada podem ser o segredo para dar aquele último
sprint quando você acha que já está esgotado.
Concentração
com jazz e chuva
O
barulho do ambiente é uma das maiores barreiras para a concentração.
Não dá para se isolar em uma bolha - até porque o silêncio
atrapalha a produtividade tanto
quanto o excesso de barulho. A música pode ser uma boa forma de
neutralizar esses sons - o desafio é encontrar o tipo de música que
não funcione como outra distração.
Da
mesma forma como dá para sincronizar o corpo com as batidas animadas
do pop para o exercício, é possível fazer o inverso. Aí o ideal é
buscar ritmos em torno dos 60 bpm - a batida natural do corpo quando
estamos relaxados. Um jazz mais lento é uma boa ideia, assim como a
música clássica. O estilo barroco é a recomendação
dos cientistas para impulsionar a atenção.
Outra
alternativa apoiada cientificamente é usar sons
da natureza para se concentrar. Mascarar o zumbido do escritório
com o barulho de uma cachoeira, por exemplo, pode ajudar. Mas, se
para você só o som ambiente não é suficiente, vale a pena
conferir o site Jazz
and Rain, que mistura diferentes tipos de jazz ao barulho da
chuva batendo na janela.
Batalha
do rap contra a depressão
Psicólogos
da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, defendem que o hip
hop e o rap podem ter efeito terapêutico e, inclusive, ajudar no
combate à depressão.
Grande
parte das músicas desse estilo mostra o crescimento do narrador -
"vim do nada e agora estou aqui". O efeito dessa narrativa
é parecido com o de uma técnica terapêutica conhecida como
"imaginário visual positivo". A ideia é que o paciente
tente se imaginar em uma situação de vitória, depois de já ter
vencido todos os seus objetivos, o que facilita o seu progresso.
Quando
escutamos raps que falam de uma vida precária transformada em um
ambiente cheio de luxo, o efeito, segundo os pesquisadores, é de uma
catarse e a mensagem que absorvemos é de esperança e libertação.
Mesmo
para quem dificilmente vai estar cercado de jóias e carros
importados, o resultado é o mesmo - leva você a se imaginar como
alguém vitorioso, o que já é um grande passo na batalha contra a
depressão.
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