"Terceirização" também da ida ao Espaço?
Empresa privada anuncia viagem a Marte em 2018
Empresa
do bilionário Elon Musk vai receber apoio da Nasa, mas tem muitos
desafios pela frente
A
SpaceX, primeira empresa privada a colocar foguetes de fabricação
própria em órbita, anunciou um novo e ambicioso objetivo: fazer seu
primeiro lançamento para Marte daqui a apenas dois anos.
O
anúncio foi feito no
Twitter e
comentado no miniblog pelo fundador da empresa, o bilionário Elon
Musk, conhecido como oTony
Stark da vida real.
A empresa de Musk transporta cargas da NASA para a Estação Espacial
Internacional desde 2012 e, no ano passado, foi a primeira companhia
a levar uma nave tripulada até o local.
Agora,
eles querem expandir a atuação até o Planeta Vermelho. A ideia é
conhecer mais sobre a arquitetura geral de Marte e também
avaliar possibilidades de fazer transportes de cargas e
suprimentos até o planeta, o que seria o primeiro passo de uma
futura colonização. Musk pretende dar mais detalhes sobre a missão
no Congresso Internacional Astronáutico, em setembro.
Mas
será que em tão pouco tempo a SpaceX vai estar pronta para viajar
até Marte, mesmo em uma missão sem passageiros? A NASA prometeu que
vai ajudar, oferecendo apoio técnico e todas as informações de
missões anteriores até Marte. Em troca, eles querem os dados da
decolagem,
da viagem e da aterrissagem da nova missão.
Essa
parceria vem logo depois da Nasa anunciar um corte de 85% nos
fundos dedicados a missões em Marte. O principal projeto era
justamente um desacelerador que facilitaria o pouso no Planeta
Vermelho, mas os testes mais recentes da tecnologia não tiveram os
melhores resultados. O interesse da NASA em aterrisagens tem uma
explicação: a última experiência deles foi péssima. Quando
a sonda conhecida como Mars Rover Curiosity pousou por lá em
2012, a aterrissagem ficou conhecida como "sete minutos de
terror".
Mas
mesmo antes de chegar a essa etapa, o projeto da SpaceX tem outras
preocupações. O lançamento vai ser realizado com uma combinação
de duas espaçonaves: o Falcon Heavy, que é o foguete de lançamento
em si, junto da cápsula espacial Red Dragon 2, nova versão da nave
que tem sido usada com sucesso nos transportes da empresa.
Segundo
os posts de Elon Musk no Twitter, a Dragon está pronta para viajar a
qualquer ponto do Sistema Solar e Marte será apenas o primeiro
teste. Mas nenhum dos dois equipamentos está pronto ainda. Os
primeiros testes serão feitos entre o final deste ano e o meio do
próximo. Mesmo que tudo dê certo, é um prazo apertado.
Mais
uma dúvida causada pela missão é que as empreitadas de Elon Musk
são conhecidas por seus prazos ambiciosos, mas que acabam não sendo
cumpridos. É o caso do projeto Inspiration Mars, que juntou Musk com
outro fanático por aventuras no espaço, o ex-funcionário da NASA
Dennis Tito. Eles anunciaram em 2013 que fariam a primeira
viagem tripulada até Marte.
Adivinha quando? Em 2018.
O
prazo já foi adiado para 2021, depois que Tito percebeu que
precisaria de financiamento pesado da NASA para realizar o projeto -
e já vimos que os fundos da agência estão limitados. Além disso,
a ideia era usar na missão o equipamento da SpaceX, mas o próprio
Musk descartou a possibilidade de transportar passageiros na nova Red
Dragon que, segundo ele, tem o espaço
interno de uma SUV.
Apesar
de todas as dificuldades, se os prazos forem cumpridos a tempo e os
testes derem certo, a missão pode ser um sucesso. Nesse caso, todas
as informações do processo podem contribuir com as pesquisas da
NASA, sem comprometer o orçamento. Seria esse o primeiro caso de
terceirização interplanetária?
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