Americano vive mais de um ano sem coração
Homem vive mais de um ano sem coração
E
não estamos falando em metáforas aqui
O americano Stan Larkin e seu coração artificial. |
A
expressão "você não tem coração" acaba de ganhar um
significado literal: Stan Larkin, um americano de 25 anos, passou 555
dias sem o órgão. Como? Com um coração artificial portátil, que
bombeava sangue para o seu corpo 24 horas por dia, 7 dias por semana
- enquanto esperava um doador para o transplante, ele conseguiu até
jogar basquete.
O
órgão robótico, que substitui o de verdade, se chama SynCardia,
um mecanismo desenvolvido
pela Universidade de Michigan em
2001. Ele tem se tornado popular desde 2008, quando o Medicare
(espécie de SUS dos EUA) começou a cobrir os custos da cirurgia. O
motor do dispositivo fica do lado de fora do corpo, ligado ao sistema
cardiovascular através de dois tubos, que bombeiam 9,5 litros de
sangue por minuto. Apesar de ser meio desajeitado - são 6kg de fios
e metais -, o SynCardia é pensado para ser prático: ele pode ser
carregado na tomada ou no carro, e vem junto com uma mochila chamada
Freedom,
para que a pessoa não precise ficar de cama o tempo todo e possa
viver com alguma autonomia. Claro, não é que o paciente vá usar o
Syncardia a vida inteira - a ideia é que eles sirva como uma ponte
para o transplante. Funciona assim:
O
coração artificial, porém, só é indicado para pacientes que
estejam realmente mal, e que não possam esperar nem um dia a mais
por um transplante - exatamente o caso de Stan e seu irmão mais
velho, Dominique. Ainda adolescentes, eles foram diagnosticados com
cardiomiopatia, uma doença genética que pode causar parada
cardíaca total (e não só de um dos lados do coração, como é
mais comum). Nessa situação, nem um desfibrilador resolve, então
para Stan e Dominique, restavam duas alternativas: o órgão
artificial e o risco constante de morte.
Os
irmãos passaram dois anos na lista de espera para um transplante - o
dobro da média dos Estados Unidos - e colocaram o SynCardia como
último recurso. Dominique usou o dispositivo só por algumas semanas
antes de receber um coração de verdade, mas Stan não teve tanta
sorte: foram 555 dias até aparecer um doador compatível. Em uma
coletiva de imprensa, ele contou que a pior parte era não poder
carregar suas duas filhas pequenas no colo e nem dar carona de
cavalinho. Mas, fora isso, ele surpreendeu os médicos: viveu sua
vida normalmente (ou o mais normal possível enquanto carregava uma
mochila de 6kg plugada no peito).
Stan
é uma das 1500 pessoas que receberam o SynCardia até agora nos
Estados Unidos. Para 79% deles, o coração robô funcionou bem, e
Larkin é o paciente que ficou mais tempo com a coisa plugada no
peito. A descoberta é importante para ajudar quem está na lista de
espera por um coração nos EUA.
Matéria
na íntegra através do link:
http://super.abril.com.br/ciencia/homem-vive-mais-de-um-ano-sem-coracao?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super
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