Camada de ozônio está se refazendo
Buraco na camada de ozônio está começando a cicatrizar
E
a "culpa" é nossa: proibição coletiva dos gases que
destruíam a camada protetora na atmosfera começa a mostrar
resultados positivos após 30 anos.
Seres
humanos não servem só para estragar a natureza, no fim das contas.
O buraco na camada de ozônio acima da Antártida está diminuindo e
os aliviados cientistas afirmam que a "culpa" é nossa: o
esforço mundial para diminuir a emissão de CFC (clorofluorcarbono)
na atmosfera funcionou.
Os
esforços para banir os gases - que eram usados em geladeiras,
desodorantes e sprays de cabelo, sem preocupação - apareceram nos
anos 1970 e 1980. Em 1987, o Protocolo de Montreal, assinado por 46
países, selou o destino do CFC. Isso porque químicos britânicos
descobriram que o cloro dos sprays reagia com o ozônio da atmosfera
e dissipava a camada formada pelo gás que protege o planeta dos
raios UV.
Quase
30 anos depois, os cientistas finalmente podem dizer que o acordo
mundial funcionou. Uma equipe liderada por Susan Solomon, do MIT,
observa a camada de ozônio que cobre a região da Antártida desde
2000. Nesse período, a pesquisadora afirma que o buraco diminuiu
mais de 4 milhões de km² e que já existem sinais
visíveis de recuperação.
Se
o progresso do buraco continuar como espera a equipe, ele deve estar
completamente "curado" até 2050. Mas é difícil prever se
a melhora vai ser regular. No ano passado, as medidas também se
mostravam favoráveis até que uma exceção estatística assustou os
cientistas: o buraco bateu recorde de tamanho em outubro de 2015, com
28,2 milhões de km² de área.
Algum
tempo depois, porém, os estudos de Solomon esclareceram o problema:
a erupção do vulcão Calbuco, no Chile, aconteceu na mesma época,
formando nuvens de pequenas partículas na atmosfera. Este
cenário facilita a reação destrutiva entre cloro e
ozônio.
Apesar
deste acidente de percurso, a equipe ainda está certa de que a
camada de ozônio está cicatrizando o dano causado pelos humanos - e
ao menos metade da redução do tamanho do buraco está diretamente
relacionada com a proibição dos sprays de CFC.
Mesmo
sem novas erupções vulcânicas, a melhora ainda deve ser instável:
ainda existem restos de cloro na atmosfera e, toda a vez que o clima
fica frio e ensolarado, a luz e a temperatura intensificam as reações
com o ozônio. Acima de tudo, porém, o time de Solomon nos dá
licença para uma salva de palmas - pelo menos por hoje, a humanidade
está mais para heroína do que vilã.
Matéria
na íntegra através do link:
http://super.abril.com.br/ciencia/buraco-na-camada-de-ozonio-esta-comecando-a-cicatrizar?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super
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