Gatos não eram adorados apenas pelos egípcios como se pensava
Gatos eram vikings
Não,
não é o contrário: gatos já estiveram entre os guerreiros
lendários. É o que diz o maior estudo genético de fósseis felinos
até agora.
Embora
a ciência tenha quase toda a história dos cachorros muito bem
mapeada, a dos gatos ainda é um grande mistério: até agora, o que
se sabia era que eles conviveram com os egípcios, mas ninguém nunca
tinha estudado a fundo a trajetória dos bichanos. Essa semana, tudo
mudou quando o
primeiro grande estudo genético
sobre felinos do passado foi publicado - e trouxe algumas surpresas.
Para começar: os vikings tinham gatos.
O
estudo é da Universidade de Oxford, na Inglaterra, e analisou os
DNAs dos fósseis de 209 gatos que viveram entre 15 mil e 3.700 anos
atrás - todos encontrados em várias partes do mundo, em sítios
arqueológicos da Europa, do Oriente Médio e da África. Alguns
foram achados em tumbas do Egito antigo, de cerca de 9.500 anos;
outros, em cemitérios no Chipre. Mas alguns dos ossos foram
descobertos em um antigo acampamento viking na Alemanha - é, eles já
eram pets populares assim há muito, muito tempo.
Analisando
o genoma dos gatinhos, os cientistas reconstruíram boa parte da
história deles. É mais ou menos assim: tudo começou no Oriente
Médio, há cerca de 12 mil anos, junto com o início da agricultura.
Nessa época, gatos selvagens ancestrais dos bichanos atuais teriam
começado a se aproximar de plantações, atraídos pelos ratos que
estavam atrás dos grãos das colheitas. Os fazendeiros, claro,
encorajavam a presença dos gatos - afinal, além de fofos, eles
acabavam com a praga que eram os ratos.
Com
o tempo, esses animais selvagens foram domesticados e passaram a ser
levados em navios de mercadores que navegavam pelo Mediterrâneo,
também para acabar com roedores. Quando as embarcações aportavam,
os gatos saíam para terra firme, se espalhavam e acabavam cruzando
com outras espécies de felinos locais, por vezes selvagens. O
resultado? A cada geração, filhotes menores e menos agressivos.
Milhares
de anos depois, com os vikings, os gatos - já muito parecidos com os
de hoje em dia - teriam a mesma tarefa: matar ratos a bordo dos
navios de guerra, além de servir de companheiros dos soldados
durante as longas e tediosas viagens. Esses gatos já eram uma
espécie completamente diferente daquela inicial, e continuaram com o
mesmo DNA de lá para cá. E olha que estamos falando do século 8
aqui - isso mesmo: seu gato tem o DNA dos vikings (ou, pelo menos,
dos gatos vikings).
O
legal é que realmente dá para ligar a presença dos gatos a antigas
lendas nórdicas: Freja, a deusa nórdica do amor, tinha uma
carruagem puxada por dois gatos; enquanto isso, Utgard tinha um gato
gigante - que, na verdade, era uma serpente, mas já deu pra
entender.
Matéria
na íntegra através do site:
http://super.abril.com.br/historia/gatos-eram-vikings
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