Tumbas secretas mudam as Histórias dos Maias
Tumbas secretas podem mudar a história dos maias como a conhecemos
Achados arqueológicos podem trazer respostas sobre o passado da civilização maia
Escavações
em várias áreas das pirâmides dos maias, na Guatemala, revelaram
duas tumbas intactas que resistiram por mais de 1,3 mil anos.
A
data dos achados históricos corresponde à época anterior ao
colapso da civilização maia. Os tesouros encontrados nas tumbas
poderão
esclarecer dúvidas sobre uma guerra civil que teria ocorrido entre o
“reino das cobras” e uma família rival.
A
descoberta foi possível com uma nova tecnologia de lasers, capazes
de recriar imagens detalhadas da superfície da Terra. Os arqueólogos
esperam
que a técnica sirva para revelar muitas outras estruturas do povo
maia nos próximos meses. “Nós só temos a ponta do iceberg por
enquanto”, afirmou Francisco Estrada-Belli, arqueólogo da
Universidade de Boston, em
entrevista ao jornal The
Guardian.
“Em breve, teremos que reescrever todos os livros sobre a história
e cultura dos maias.”
As
duas tumbas foram encontradas nas antigas ruínas de Holmul,
sítio arqueológico da era pré-colombiana, entre 650 e 700 d.C..
Uma delas, construída dentro de uma pirâmide, guarda o esqueleto de
uma pessoa de meia idade com “obturações” feitas com pedra de
jade nos dentes e o que parece ser um osso de tíbia marcado com
inscrições.
O
osso humano pode ter pertencido a algum parente da pessoa enterrada
ou algum importante prisioneiro de guerra. Os dentes sugerem que o
túmulo
tenha
sido de algum membro da elite, já que pedras preciosas eram símbolo
de realeza. Uma gravura esculpida com a imagem de cinco governantes
foi vista perto da tumba, mas parece ter sido colocada muito antes da
pessoa enterrada.
A
segunda tumba, que também tem os restos mortais de uma pessoa, foi
vista em outra pirâmide, decorada com vasos e ornamentos de jade.
“Essa é a primeira grande descoberta
do
tipo e os objetos e cerâmicas parecem ser algum tipo de oferenda”,
disse. “O mais interessante é um colar de pedra jade com uma
inscrição dizendo que pertence a um rei de outra região.”
O
especialista em epigrafia, Alexandre Tokovinine, afirmou que esse é
o primeiro artefato de jade que menciona um “reino das cobras”, a
família que governou o império
maia
pouco antes de seu colapso. A descoberta indica que essa dinastia
teria influenciado regiões distantes de seu reino original.
O
grupo de cientistas ainda quer descobrir se existem outras tumbas no
local, mas novas evidências poderão ser identificadas nos próximos
meses e talvez revelem a verdade sobre um dos últimos reinos que
viveram na era final da civilização maia.
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