Catedral de Notre-Dame


Localização: A catedral localiza-se na Ile de la Cité, uma ilha no rio Sena, em Paris, capital da França.
Dimensões : 130 metros X 48 metros X 36 metros.
Degraus da torre: 387.








CATEDRAL DE NOTRE-DAME

Cheia de graça e bendita entre as mulheres, Maria inspirou construções monumentais, como a Catedral de Notre-Dame. Obra-prima medieval, a igreja reflete a fé que transforma pedra e vidro em deleite para alma.

A construção da Catedral de Notre-Dame de Paris foi iniciada no ano de 1163. A obra foi dedicada à mãe de Jesus Cristo, Maria, de quem se originou o nome Notre-Dame, que em português significa "Nossa Senhora". A estrutura em estilo gótico é considerada uma das mais tradicionais e antigas da capital francesa. A catedral localiza-se na praça Parvis, que fica na Île de la Cité, uma pequena ilha situada no meio do Rio Sena.
A Catedral de Notre-Dame de Paris foi construída com profunda ligação ao ideal esplendoroso do estilo gótico. Sua edificação focou-se em atender aos desejos e aspirações da elite francesa daquele período. Além disso, é considerada uma catedral de ascensão do espírito e de contato, tendo iniciado uma abordagem nova para construções de caráter religioso. Disto resultou a substituição da necessidade de edificações religiosas rurais por símbolos novos que representassem a prosperidade urbana, representado pelas catedrais góticas. A catedral foi uma resposta à busca da renovação da dignidade na capital da França.
Em um período marcante da literatura romântica, o escritor de origem francesa Victor Hugo escreveu "Notre-Dame de Paris" (1831), um romance que tinha a Catedral de Notre-Dame como cenário principal. A época em que a história do livro se passa é a Idade Média. O autor fundamenta uma crítica à sociedade parisiense, apresentando, através de personagens marginalizados (ciganos e deficientes), a indiferença da elite. A obra apresenta o personagem Quasímodo, que acaba se apaixonando pela cigana Esmeralda. Ao contrário dos ideais burgueses, no livro de Victor Hugo, Notre-Dame também serve como abrigo de excluídos.

Além da importância histórica e da presença na literatura, a Catedral de Notre-Dame de Paris apresenta diversas curiosidades. Uma delas é o Marco Zero, localizado na frente da fachada da parte ocidental da construção na praça Parvis. O elemento consiste em uma placa feita em bronze que simboliza o marco inicial com que se calcula as distância das estradas do país. Além disso, na edificação são encontrados cerca de 200 vitrais, sendo que alguns são considerados os maiores já construídos no mundo. Entre outros aspectos, Notre-Dame abriga uma estátua de Joana d'Arc, chefe militar durante a Guerra dos 100 Anos e santa padroeira da França. Nas imediações da construção está localizada a igreja melquita greco-católica de São Julião, o Pobre.

O processo de ascensão

O local da catedral contava já, antes da construção do edifício, com um sólido historial relativo ao culto religioso. Os celtas teriam aqui celebrado as suas cerimônias onde, mais tarde, os romanos erigiriam um templo de devoção ao deus Júpiter. Também neste local existiria a primeira igreja do cristianismo de Paris, a Basílica de Saint-Etienne, projetada por Childeberto I por volta de 528 d.C.. Em substituição desta obra surge uma igreja românica que permanecerá até 1163, quando se dá o impulso na construção da catedral.

Já em 1160, e em resultado da ascensão centralizadora de Alemanha, o bispo Maurice de Sully considera a presente igreja pouco digna dos novos valores e manda-a demolir. O gótico inicial, com as suas inovações técnicas que permitem formas até então impossíveis, é a resposta à demanda de um novo conceito de prestígio no domínio citadino. Durante o reinado de Luís VII, e sob o seu apoio (visto o monarca central ter também no século XII um poder crescente), este projecto é abençoado financeiramente por todas as classes sociais com interesse na criação do símbolo do seu novo poder. Assim, e tendo em conta a grandeza do projeto, o programa seguiu velozmente e sem interrupções que pudessem ocorrer por falta de meios econômicos (algo comum, na época, em construções de grande envergadura).
A construção inicia-se em 1163 reflectindo alguns traços condutores da Catedral de Saint Denis, subsistindo ainda dúvidas quando à identidade de quem terá "colocado" a primeira pedra, o Bispo Maurice de Sully ou o Papa Alexandre III. Ao longo do processo (a construção, incluindo modificações, durou até sensivelmente meados do século XIV) foram vários os arquitetos que participaram no projeto, esclarecendo este fator as diferenças estilísticas presentes no edifício.
Em 1182 presta já o coro serviços religiosos e, na transição entre os séculos, está a nave terminada. No início do século XIII arrancam as obras da fachada oeste com as suas duas torres estendendo-se a meados do mesmo século. Os braços do transepto (de orientação norte-sul) são trabalhados de 1250 a 1267 com supervisão de Jean de Chelles e Pierre de Montreuil. Simultaneamente levantam-se outras catedrais ao seu redor num estilo mais avançado do gótico; a Catedral de Chartres, a Catedral de Reims e a Catedral de Amiens.

As turbulências da História

A catedral foi, nos finais do século XVII, durante o reinado de Luís XIV, palco de alterações substanciais principalmente na zona este, em que túmulos e vitrais foram destruídos para substituir por elementos mais ao gosto do estilo artístico da época, o Barroco.

Em 1793, no decorrer da Revolução francesa e sob o Culto da Razão, mais elementos da catedral foram destruídos e muitos dos seus tesouros roubados, acabando o espaço em si por servir de armazém para alimentos.
Com o florescer da época romântica, outros olhares são lançados à catedral e a filosofia vira-se para o passado, enaltecendo e mistificando numa aura poética e etérea a história de outras épocas e a sua expressão artística. Sob esta nova luz do pensamento é iniciado um programa de restauro da catedral em 1844, liderado pelos arquitectos Eugene Viollet-le-Duc e Jean-Baptiste-Antoine Lassus, que se estendeu por vinte e três anos.
Em 1871, com a curta ascensão da Comuna de Paris, a catedral torna-se novamente pano de fundo a turbulências sociais, durante as quais se crê ter sido quase incendiada.
Em 1965, em consequência de escavações para a construção de um parque subterrâneo na praça da catedral, foram descobertas catacumbas que revelaram ruínas romanas, da catedral merovíngia do século VI e de habitações medievais.
Já mais próximo da atualidade, em 1991, foi iniciado outro projeto de restauro e manutenção da catedral que, embora previsto para durar dez anos, se prolonga além do prazo.
Materia na íntegra através do link: http://www.infoescola.com/franca/catedral-de-notre-dame/

Nossa Senhora
Cercada por anjos e com menino Jesus no colo, Maria ocupa o centro da fachada da catedral erguida em sua homenagem.







Arcobotantes
Pilares que terminam em forma de meio-arco que se unem com uma parede como se estivesse sustentando-a. São típicos da arquitetura gótica.




Gárgulas
São monstros colocados, no século XIX, na parte alta da Catedral, onde Vítor Hugo ambientou seu romance, O Corcunda de Notre-Dame.

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