Novo efeito colateral do Tylenol

Cientistas descobrem novo efeito colateral do Tylenol

Se você costuma tomar medicamentos à base de paracetamol para absolutamente qualquer dor, uma nova pesquisa traz um bom motivo para você parar de fazer isso

O efeito colateral da substância dificilmente é percebido pelos pacientes   
Se você é uma daquelas pessoas que costumam tomar Tylenol para absolutamente qualquer tipo de dor, independentemente de sua intensidade, uma nova pesquisa traz um bom motivo para você parar de fazer isso.
Segundo estudo conduzido pela Universidade de Toronto, no Canadá, a ingestão de medicamentos à base de paracetamol ou acetaminofeno pode prejudicar sua capacidade de identificar erros e tomar decisões.
O mais preocupante, apontam os cientistas, é que o efeito colateral da substância dificilmente é percebido pelos pacientes, o que pode levar a uma falsa sensação de normalidade.
Vale lembrar que, apesar de este ser o primeiro estudo a apontar disfunções cognitivas decorrentes do uso do remédio, outras pesquisas já constataram que doses excessivas dele podem causar danos a seu fígado.

Experimento

Para checar os efeitos do paracetamol, os pesquisadores conduziram um experimento com 62 voluntários. Metade do grupo ingeriu 1.000 miligramas (dose normal máxima recomendada) do medicamento, enquanto o restante tomou apenas um placebo.
Enquanto eram monitorados por um eletroencefalograma, todos os participantes foram orientados a realizar a seguinte tarefa: apertar um botão sempre que a letra F aparecesse em uma tela. Caso o painel mostrasse a letra E, eles não deveriam pressioná-lo.
O resultado foi surpreendente. O grupo ao qual a substância foi ministrada não apenas apertou mais vezes o botão diante da letra E, como também deixou passar em branco uma série de letras F.
O estudo, publicado no Journal Social Cognitive and Affective Neuroscience, sugere que a droga tem mais efeitos do que simplesmente combater a dor e pode, portanto, ter consequências inesperadas na rotina do paciente.
Texto atualizado às 9h05 do dia 13/04/2016.

1. Riscos


"O uso exagerado de qualquer medicamento pode levar a riscos", afirma Amouni Mourad. A cientista é assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo. Em entrevista a EXAME.com, ela falou sobre alguns remédios que, embora sejam benéficos quando usados corretamente, podem fazer mal ao paciente em determinadas circunstâncias.

2. Antibióticos


"O grande problema no uso de antibióticos é a utilização não só na dose correta como no período correto", afirma Amouni. Quando isso não acontece, o antibiótico mata apenas as bactérias mais fracas. As mais resistentes sobrevivem e proliferam. O resultado é que o tratamento da infecção passa a exigir remédios mais caros, mais tóxicos e que precisam ser tomados por mais tempo.

3. Paracetamol


Tomar paracetamol diariamente por vários anos pode ter consequências ruins para a saúde. Pelo menos, é o que aponta um estudo da universidade inglesa de Leeds. De acordo com o trabalho, a ingestão exagerada do medicamento pode causar problemas cardíacos, renais e intestinais. O medicamento é um dos analgésicos mais usados no tratamento de dores e febre.

4. Antigripais


Quem toma remédios por conta de hipertensão deve ter atenção na hora de comprar medicamentos contra gripe. De acordo com Amouni, a presença de anti-inflamatórios não esteroidais na composição de antigripais pode diminuir a ação dos anti-hipertensivos.

5. Anticoncepcionais


A ingestão exagerada de pílulas anticoncepcionais pode causar trombose. A doença é caracterizada pela coagulação do sangue dentro de vasos sanguíneos, que pode ser fatal. "A condição de risco de eventos trombóticos é maior durante o primeiro ano de uso da pílula anticoncepcional", explica Amouni. Segundo ela, fatores como ser obesa ou fumante elevam o risco de ocorrência de trombose.

6. Dipirona


Usada no combate a cólicas e febres, a dipirona pode ter efeitos colaterais ruins. De acordo com Amouni, a ingestão exagerada do remédio pode causar tremores, náuseas e reações alérgicas - como a asma. Além disso, a dipirona pode causar agranulocitose, doença caracterizada por uma grande redução no sangue do número de glóbulos brancos (células responsáveis pelo combate a infecções bacterianas) e que pode ser fatal.

7. Dorflex


Um levantamento realizado em 2013 pela consultoria IMS Health apontava o Dorflex como o remédio mais vendido do Brasil. Ele é indicado para dores -- especialmente dores musculares. O medicamento contém o analgésico dipirona, o relaxante muscular orfenadrina e cafeína, que age como estimulante. Na bula, alterações do ritmo cardíaco, enjoos e reações alérgicas são alguns dos possíveis efeitos colaterais atribuídos ao remédio.

8. Vitamina D


A vitamina D é um nutriente que ajuda na formação dos ossos e no equilíbrio dos níveis de cálcio no organismo. Porém, quando ingerida em doses diárias superiores a 50 miligramas, ela se torna tóxica. "Os primeiros sintomas de intoxicação com vitamina D são perda do apetite, náuseas e vômitos, seguidos por sede excessiva, aumento da emissão de urina, fraqueza, nervosismo e hipertensão arterial", afirma Amouni.

9. Sibutramina


Indicada para tratamento da obesidade, a sibutramina é popular entre pessoas que querem perder peso. Mas seu uso indiscriminado pode ser nocivo. De acordo com a bula, a sibutramina pode causar aceleração dos batimentos cardíacos, náuseas e até delírios nas quatro primeiras semanas de uso. Dor de cabeça e tontura também são observadas em alguns casos..

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