Nasa vai pesquisar os asteroides mais estranhos do Sistema Solar

Nasa vai pesquisar os asteroides mais estranhos do Sistema Solar

Na próxima década, os projetos espaciais vão estudar os asteroides de Júpiter e um misterioso corpo metálico para desvendar a infância do nosso Sistema.


Com pouca verba para grandes empreitadas, a Nasa anunciou duas novas missões de baixo custo, chamadas de “Lucy” e “Psyche”. Elas fazem parte do programa Discovery, que investe em estudos dentro do nosso Sistema Solar.
Lucy vai investigar o asteroides troianos, que dividem a órbita com Júpiter, e deve ser lançada em outubro de 2021. A expectativa é que a missão ajude a esclarecer os mistérios dos primeiros dias do nosso sistema. O nome do projeto, inclusive, é uma homenagem ao fóssil australopiteco de 3,2 milhões de anos que ajudou a desvendar a origem da evolução humana.
Se tudo der certo, também será possível visitar um asteroide localizado entre Marte e Júpiter em 2025, e mais seis troianos entre 2027 e 2033. “É uma oportunidade única. Os troianos são remanescentes do material primordial que formou os planetas exteriores e têm pistas vitais para decifrar a história do Sistema Solar. Lucy, como o fóssil humano que inspirou seu nome, revolucionará a compreensão de nossas origens”, disse o pesquisador Harold Levison, da Southwet Research Institute em Boulder, no Colorado, em nota oficial da Nasa.
A segunda missão, Psyche, está prevista para outubro de 2023 e vai explorar um dos objetos mais estranhos do sistema, o 16 Psyche.
O asteroide metálico tem 210 quilômetros de diâmetro e é composto de ferro e níquel. Pesquisadores acreditam que ele pode ser o núcleo de um antigo planeta do tamanho de Marte. Colisões violentas, ocorridas há bilhões de anos, poderiam ter removido suas camadas de rocha.
16 Psyche é o único objeto desse tipo no sistema solar e esta é a única maneira de o seres humanos de visitarem o núcleo de um planeta. Aprenderemos sobre o espaço interior visitando o espaço exterior”, explicou Lindy Elkins-Tanton, da universidade do Arizona e um dos pesquisadores à frente da missão, em nota à imprensa.
O programa Discovery, fundado em 1992, tem missões com custos mais modestos. Toda a operação, incluindo a construção da espaçonave e o lançamento, não podem ultrapassar o valor de US$ 450 milhões.

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